Ser policial é ter uma vocação e cumprir uma missão

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Hoje, dia 28 de setembro, comemoramos os 164 anos da Polícia Civil do Paraná. Uma instituição séria, onde passei a maior parte da minha vida. Onde aprendi valores, fiz amigos, alguns deles, inclusive, posso chamar de irmãos. Tenho o maior orgulho de ser policial.

São 164 anos de uma institui­ção sofrida e, às vezes, desvalorizada. Mas que jamais deixou de cumprir o seu papel fundamental de Servir e Proteger. Em 1853, ano em que foi nomeado o primeiro chefe da Polícia Civil, Antônio Manoel Fernandes Junior, não se imaginava que chegaríamos nesta situação.

Desde de que assumi uma cadeira nesta casa, não parei. Sempre que posso visito meus colegas de delegacias e departamentos em todo o estado. Ouço sempre as mesmas reclamações: falta de pessoal, de viaturas, de estrutura e, principalmente, a superlotação das cadeias.

Quase todas as unidades policiais enfrentam deficiências. Hoje temos uma enorme crise na carreira dos escrivães, que traba­lham com centenas e centenas de inquéritos policiais. Essa situação se reflete diretamente nas outras carreiras policiais, como investigadores, delegados e pa­piloscopistas.

Em Guarapuava, por exemplo, os profissionais trabalham no limite. São apenas nove escrivães para um acúmulo de mais de 2.000 inquéritos. Ao todo, são mais de 500 mil habitantes no entorno desse município polo, cuja maioria da população é atendida direta ou indiretamente pela 14ª Subdivisão Policial.

Um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Paraná, em abril de 2017, com base em informações do Ministério da Justiça, concluiu que a situação paranaense de manter grande quantidade de presos em cadei­as e carceragens de delegacias é atípica e não se verifica nos outros Estados, nem mesmo do Nordeste.

Não podemos, porém, observar somente as mazelas. Hoje é dia de comemoração, dia de lembrar que a Polícia Civil do Paraná é referência no Brasil. Somos o estado com o menor número de casos de sequestro, e todos que aconteceram foram elucidados. Diferente de outros lugares, mais da metade dos carros roubados e furtados é recuperada.

Esse desempenho vem da dedicação dos guerreiros e guerreiras que não medem esforços para cumprir com o papel de servir a sociedade. Afinal, ser policial não é apenas exercer uma profissão, é ter uma vocação e uma missão.

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