A praga do racismo

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Duas situações denunciadas esta semana em Araucária voltaram a acender o alerta com relação a práticas racistas na cidade Símbolo do Paraná.
Uma delas praticada contra um vereador desta municipalidade, Aparecido da Reciclagem, vítima de ofensas racistas numa rede social. A outra praticada por uma rede de lojas instalada na cidade que utilizou a personagem Nega Maluca para tentar promover uma ação comercial.

No primeiro caso temos a prática racista de fácil identificação. Porém, o segundo episódio, talvez seja o pior dos casos. Isto porque muitas pessoas não conseguem en­xergar facilmente que é racismo sim uma pessoa branca, normalmente do sexo masculino, se travestir de uma mulher negra, exagerando em algumas características, para tentar fazer graça. Sim, tentar, porque graça nisto não há!

As pessoas, todas as pessoas, precisam entender que a sociedade atual já não admite mais este tipo de situação. Ainda mais quando sabemos que o mundo, todo o mundo, tem uma dívida histórica e incalculável com a população negra em razão de séculos e séculos de escravidão e outras ações de cunho racistas.

E essa dívida, por mais que não pensemos assim, precisa ser paga diariamente e por todos nós. Justamente em razão disso, é louvável a ação do Fórum de Combate ao Racismo de Araucária, que mais uma vez não se calou e denunciou ambos os crimes.

Nossa torcida é para que Arau­cária, enquanto cidade, evolua na compreensão, sensibilização e assimilação de que, mais do que dizer e não ser racista, é preciso também combater as práticas racistas dos outros. Não devemos, em hipótese alguma, nos calar quando nos depararmos com situações que tentem ridicularizar, inferiorizar e, claro, ofender, um cidadão em razão da cor de sua pele. Até porque, nesta batalha, você será sempre culpado, seja por ação ou omissão!

Pensemos nisso e boa leitura!

Publicado na edição 1127 – 23/08/18

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