Agressão ao futuro da sociedade

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O mundo é uma selva. Sempre foi. Com o passar dos anos as espécies habitantes desse planeta foram sendo obrigadas a se adaptar às mudanças que o próprio planeta impôs, sob o risco da extinção. Muitas não conseguiram acompanhá-las e, de fato, sumiram da face da Terra. E eis que surgiu o homem. No início igualzinho aos outros animais, mas foi se distanciando, mais inteligente, foi se adaptando mais rápido, evoluiu e logo virou a raça dominante.

Mas tem uma característica bem diferente do restante dos animais que coexistem no planeta. Ele pensa. Tem opiniões, aprendeu a questionar, avaliar, argumentar, negociar. Mas ainda é um animal e frequentemente toma atitudes que reforçam isso. Tenta impor sua vontade através da força, assusta, ameaça e, sem nenhum constrangimento, mata.

Como pensa, tem consciência individual e coletiva, aprendeu a discutir ideias, defendê-las. Aprendeu a ouvir e considerar outros pontos de vista, concordar ou não, mas, acima de tudo, aprendeu a coexistir com estes pontos de vista diferentes. Neste nosso planeta existem cada vez mais lugares onde esse exercício de coexistência é praticamente pleno e natural e, em outros onde nada pode ser questionado. Nosso grande problema é quando integrantes destas diferentes regiões ultrapassam as fronteiras de seus domínios para tentar impor sua vontade ou opinião às outras.

O ataque terrorista do jornal Charlie Hebdo, no coração da capital Francesa, é mais do que uma chacina onde doze pessoas morreram. É carregado de símbolo e agride aquilo que é mais caro para nós brasileiros e a humanidade. Aquilo que mais prezamos, nossa liberdade de expressar nossos pensamentos, o que gostamos de comer, que cor ou tipo de roupa usamos, o que dizemos e o que fazemos de nossa vida.

Os terroristas atiraram nos jornalistas daquele periódico, mas acertaram nos sonhos de cada pessoa que quer e luta por um mundo melhor para viver. Pense nisso e boa leitura.

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