A resposta necessária

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Nunca antes na história deste Município o Poder Legislativo esteve tão fragilizado. Todos os integrantes da legislatura passada são hoje alvo de uma ação penal que os acusa de participar de um esquema de pagamento e recebimento de propina para, trocando em miúdos, simplesmente não exer­cer o papel que a Constituição Federal lhes outorgou.

Alguns, obviamente, podem querer fazer crer que a denúncia não afeta esta legislatura. Isso, porém, não é verdade. Já que entre os onze acusados estão três que se reelegeram. Da mesma forma, há entre os acusados outros dois que não integram o Legislativo atual, mas lá deixaram seus cônjuges. Isso apenas para ficar nos exemplos mais visíveis.

Estas constatações, por consequência, colocam também em xeque a Câmara que aí está. O xeque, porém, não é mate… ainda! E justamente por não ser xeque-mate que a Câmara precisa reagir. Precisa sair das cordas e mostrar a comunidade local que é sim importante para a manutenção do equilíbrio entre os poderes que precisa haver numa sociedade que escolheu viver sob as regras do estado democrático de direito.

Os edis que aí estão deveriam fazer do limão uma limonada e literalmente passar a Câmara de Araucária a limpo. Do contrário, a Casa se tornará – de vez – tão importante como água em pó. E passar a Câmara a limpo é aproximá-la da comunidade local. É fazer com que cada cidadão araucariense entenda a importância do Poder Le­gislativo. É cortar na própria carne. Diminuir ainda mais o seu “ainda” exorbitante orçamento. É revisar de maneira decente e global o seu regimento interno. É profissionalizar sua gestão. É aproveitar a oportunidade e rediscutir a lei orgânica municipal.

É, por fim, mostrar que os vereadores que lá estão não buscaram o mandato para usufruir das benes­ses do cargo e sim servir a uma cidade rica, mas cuja riqueza não está no prato e nas casas de quem mais precisa do que é público: o povo!

Esta é a única resposta que a Câmara atual pode dar aos araucarienses. Pensemos todos nisto e boa leitura!

 

 

Publicado na edição 1111 – 03/05/2018

A resposta necessária

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