Capítulo final

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O leitor tem em mãos uma edição histórica de O Popular. Tem em mãos a edição que notícia, em primeira mão, que o prefeito Hissam Hussein Dehaini (PPS) decidiu extinguir a Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC).

O projeto de lei estabe­lecendo alguns dos critérios que nortearão o processo de extinção está sendo enviado à Câmara ain­da nesta semana. Outras normativas serão posteriormente fixadas por meio de decreto.

O ponto final na história da CMTC é algo, infelizmente, a ser comemorado. Por mais antagônico que possa parecer, é isto mesmo: algo que infelizmente deve ser celebrado. Isto porque, não de hoje pairavam dúvidas sobre as verdadeiras razões por trás da existência da companhia. Um órgão que já chegou a consumir quase R$ 80 milhões anuais para oferecer, convenhamos, um transporte coletivo meia boca ao trabalhador araucariense

Ao longo dos últimos anos, a verdade é essa, a CMTC só vinha sendo uma mãezona mesmo para seus funcionários, diretores e empresários. O descontrole da companhia alcançou um nível que hoje o passivo trabalhista do órgão é algo absurdo. Como se não bastasse, atualmente pelo menos três ex-diretores do órgão estão presos ou com mandados de prisão expedidos por suspeita de atos de corrupção praticados em 2016.

Resumindo, sempre pairará dúvidas sobre qualquer alfinete que seja comprado pela CMTC e, quando a gestão de um órgão público chega a esse ponto, é sinal de que ele já não tem razão de existir. É melhor parar, fechar as portas, apurar o passivo, buscar responsabilizar os culpados e recomeçar do zero, sem querer obviamente reinventar a roda.

A gestão do transporte coletivo, do sistema TRIAR, continuará tendo que ser feita, mas agora é preciso que isso seja executado com um único objetivo: oferecer transporte de qualidade e condizente ao custo da tarifa para que aquele que deveria ser a razão da existência de tudo o que é mantido com o dinheiro da coletividade: a população.

Pensemos nisso e boa leitura.

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