Dias estranhos!

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Baixados os arquivos de votos computados nas urnas eletrônicas de todo o país, o que pudemos ver é que temos um país cansado de tudo o que aí está. A renovação na Câmara Fe­deral, no Senado e nas assembleias de todo o país foi muito maior do que se esperava, mesmo com os partidos tendo agido para tentar manter o status quo das casas legislativas, com diminuição do tempo de campanha (o que favorece quem já é conhecido) e guardando para si o poder sobre a divisão do bolo do fundo partidário (o que beneficia quem está no comando das legendas).

Mesmo com todas as articulações para que mudanças significativas nas casas legislativas não acontecessem, elas aconteceram. Isto, porém, não quer dizer necessariamente que os novos eleitos farão muito diferente dos que estão deixando os cargos. Afinal, mudar só por mudar não é receita de sucesso. Mas, como já disseram por aí, o que os brasileiros estão se dando ao direito é de praticar o “erro novo”. A grande vantagem desta opção é que, ao contrário de outros tempos, o que temos agora é um acompanhamento muito próximo da atividade política em nosso país por parte de todos os cidadãos. Logo, se torna mais difícil que vejamos políticos ineficientes se perpetuando no poder como antigamente.

Obviamente, dizer que a população está acompanhando mais de perto seus eleitos não significa di­zer também que este acompanhamento está sendo feito da maneira correta. Porém, é inegável que, de um modo geral, cada pessoa sabe analisar se, no curso de um mandato, sua vida, de sua família e amigos melhorou ou piorou e é com essa constatação que a grande maioria de nós vai às urnas.

Logo, o recado que fica para quem venceu agora é que o eleitor deixou de ser bobo e que, nas próximas eleições, pouco vai adiantar dizer que o seu mandato fez o que estava ao seu alcance e assim por diante. Se a vida de quem vota não melhorou, as chances de você ser descartado são grandes! Boa leitura.

Publicado na edição 1134 – 11/10/18

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