Dias tensos pela frente

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Dias tensos pela frente

 

Gostemos ou não do modo como o prefeito Hissam Hussein Dehaini (PPS) conduz o seu mandato, é preciso admitir que – sim – estamos diante de um governo diferente.

Diferença, mudança e novidade, aliás, que foi justamente o desejo manifestado pelos moradores de Araucária que foram às urnas em 2 de outubro do ano passado. Afinal, nunca um prefeito desta muni­cipalidade foi eleito com uma porcentagem tão acachapante de votos em relação ao segundo colocado.

O capital político que Hissam trouxe das urnas o autoriza a ousar mais do que seus antecessores. O cacifa a promover mudanças que outros prefeitos não tinham condições de encampar. Obviamente, tamanho respaldo também aumenta sua responsabilidade na condução do Município e a atenção que seu governo atrairá.

E talvez seja este o grande desafio de Hissam neste ano: saber com que força bater, já que cada ação provoca uma reação oposta e de igual intensidade. Até agora, ele vem obtendo relativo sucesso. Fez o enfrentamento na questão do transporte coletivo e, apesar das críticas e dificuldades iniciais, as coisas se acomodaram e, aos poucos, as pessoas estão entendendo que aquilo era necessário. Do mesmo modo, encarou a questão do abono dos aposentados, que – por mais cruel que possa parecer – precisava sim ser descontinuado e, apesar das pancadas iniciais, os ânimos se acalmaram. Hissam também vem conseguindo resistir a pressão de aliados pela nomeação de cargos em comissão e hoje já é possível dizer com certeza que a Prefeitura não precisa de mais do que cem CCs.

Neste período, Hissam também resolveu gastar parte de seu capital político com coisas que não eram urgentes, como as mudanças no trânsito. A área é sensível e as alterações levam tempo para serem absorvidas. Por enquanto, o que ouvimos são muitas reclamações, mas é preciso esperar um pouco mais. Só então saberemos se o prefeito comeu bola mesmo ou se foi astuto e enxergou o que ninguém estava vendo.

Em que pese todas as mudanças promovidas por Hissam o terem colocado no olho do furacão, os enfrentamentos até aqui não foram nada diante do que está por vir. Sim, pois é o embate com o funcionalismo e seus sindicatos por vantagens salariais e na melhoria da carreira a verdadeira prova de fogo do prefeito. Os dias que estão por nascer prometem ser tensos, já que a situação financeira da Prefeitura segue delicada e, qualquer compromisso assumido com os servidores, implica em incremento eterno das despesas. Por outro lado, os sindicatos não tem nada a ver com isso e prometem brigar e brigar por benefícios para suas categorias. Como Hissam lidará com isso? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos! Boa leitura!

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