Eles continuam esperando

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Esta semana a Câmara de Vereadores foi palco de uma audiência pública sobre a causa animal em nossa cidade, com ênfase nos maus-tratos e abandono desses nossos fiéis companheiros. Sabemos que é um grande avanço uma comunidade reunir-se em pleno início de semana, em uma noite fria e chuvosa, para debater o tema. Porém, enquanto debatemos, milhares de cães e gatos conti­nuam nas ruas, jogados à própria sorte, contando com a solida­riedade de alguns para que seus destinos sejam transformados.

Muito se falou sobre a união que deve existir entre o poder público e a sociedade, com ênfase nas ONG’s de proteção animal, nos protetores independentes, bem como os que defendem e simpatizam com a causa. Mas, se continuarmos contando somente com a boa vontade de pessoas que tiram do próprio bolso di­nheiro para cuidar dos animais de rua, ainda teremos que viver novamente para, quem sabe, ver as mudanças acontecerem.

Recentemente foi divulgado por órgãos de proteção animal que a cada hora, em Curitiba, há uma denúncia de maus-tratos contra animais. Estudos também apontaram que quase 70% dos criminosos que cometeram algum tipo de abuso com animais tiveram envolvimento com ou­tros crimes violentos. Com dados como estes, representantes do poder público colocaram-se à disposição da comunidade araucariense para buscar melhorias para a causa. Foram comentadas propostas já feitas por servidores públicos, até mesmo a adminis­trações anteriores, que melhora­riam, e muito, a vida dos animais que vivem nas ruas.

A ideia era que algo de concreto fosse retirado ao fim da audiência, para que já pudesse ser apresentado ao Legislativo e Executivo. Vários projetos foram apresentados, pessoas comuns com sensibilidade à causa estavam lá, suplicando ao poder público para que algo seja feito. Mas, quando isso acontecerá? Quando as promessas sairão do papel? Quando a lei será de fato cumprida aos que a infringem retirando e corrompendo os direitos dos animais? Quando as políticas públicas serão implantadas? Quando os interesses dei­xarão de ser próprios para ampararem aqueles que realmente necessitam? Quando o coração baterá mais forte por aqueles que têm coração e lutam em prol dos que não tem voz?

Enquanto isso não acontece, eles continuam nas ruas… morrendo de frio ou de fome. Sendo mutilados, espancados, abandonados e até mesmo esquecidos em um canto qualquer. Pensemos nisso e boa leitura.

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