Fora do jogo

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A notícia que estampa a capa desta edição nº 1.019 de O Popular coloca o ponto final numa novela que já vinha se arrastando há algum tempo: a candidatura ou não à reeleição do prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB).

Sim, agora é oficial. Olizandro não tentará se manter no cargo por mais quatro anos e a saída dele do páreo transforma o pleito deste ano numa verdadeira incógnita. Sem o atual prefeito, os favoritos são dois. De um lado o empresário Hissam Hussein Dehaini (PPS) e de outro a ex-deputada federal Rosane Ferreira (PV).

Esse aparente favoritismo ou de Hissam ou de Rosane, no entanto, não quer dizer que um azarão não possa aparecer. Isso porque a saída de Olizandro da campanha significa também a saída de várias outras, como – por exemplo – a saída da administração. A saída do alvo preferencial dos outros candidatos. Ora, a quem vão culpar os demais candidatos por tudo aquilo que não está dando certo em Arau­cária?

Eleição é como uma história de super-herói. Para que o público possa entendê-la mais facilmente é preciso que tenhamos os moci­nhos e os bandidos bem definidos. A diferença primordial entre a história e o pleito, porém, é que neste último nunca sabemos direito quem é o bandido e quem é o herói. Assim, os candidatos se digladiam na tentativa de convencer o eleitor de que ele é o herói e, mais importante ainda, que seu adversário é o bandido. Quando se tem um postulante da máquina, esta tarefa é mais fácil para ambos os lados. Quem quer entrar bate firme tentando mostrar que aquele que tenta a reeleição é o bandido, já que não cumpriu a totalidade de suas promessas. Já o que está querendo permanecer ataca o representante da oposição invariavelmente com a tese de que ele quer destruir tudo aquilo que foi feito na cidade. E assim toca-se a campanha.

Agora, sem a máquina estar no páreo, perde-se o referencial. Não há em quem bater de forma consistente. Ainda mais quando os que querem entrar não tem um passado junto ao Poder Executivo. Enfim, sem Olizandro no tabuleiro, é hora dos candidatos reco­lherem as peças e repensarem suas estratégias. O mesmo vale para os eleitores, que precisarão repensar as razões para votar ou não em determinada pessoa. Pensemos nisso e boa leitura!

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