Muito barulho por nada!

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Ao longo dos últimos dias muito se falou em Arau­cária dos tais carros de luxo que a Vara Criminal de Arau­cária cedeu para utilização da Guarda Municipal. Os veículos, um Audi A-4 e um Volvo CX-60 foram apreendidos no curso de uma ação policial deflagrada pela Polícia Federal em outubro do ano passado e que prendeu suspeitos de tráfico de drogas.
Os veículos foram apreendidos pela Polícia justamente porque a suspeita é que eles te­nham sido comprados com dinheiro advindo do tráfico de drogas, sendo que a lei que reprime esse tipo de crime autoriza e até incentiva que os bens adquiridos a atividade ilícita sejam destinados aos órgãos cuja missão institucional é justamente combatê-los.

Logo, foi acertadíssima a decisão do magistrado. É bom ressaltar ainda que, como o processo ainda está em curso, a cessão dos bens à Guarda Municipal é temporária. Somente ao término do processo, caso haja mesmo a confirmação de que os veículos não foram adquiridos de maneira lícita, é que haverá a transferência definitiva ao Município. O grande problema é que, por conta da legislação brasileira, a conclusão do processo pode levar meses, até anos. Deste modo, não fosse os bens cedidos já à autoridade policial, seu destino seria repousar num depósito qualquer da Justiça, acumulando poeira e desvalorizando diariamente. Melhor então que sirva ao ente público, a quem cabe zelar por sua manutenção e boa utilização.
Interessante também é que, apesar do impacto que o uso desses carros pode causar, em termos de valores, eles custam mais barato do que muitas das viaturas utilizadas atualmente pelas forças policiais. O próprio Audi, por exemplo, tem valor de mercado hoje na cada dos R$ 59 mil. O Volvo, um pouco mais, R$ 66 mil. Uma viatura como a S10 utilizada pela Guarda foi comprada por um valor superior a isso.
Resumindo, para utilizar um ditado popular, o que vimos aqui neste caso da destinação desses carros é que houve muito barulho por nada. Pensemos nisso e boa leitura.

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