A primeira vocação é o chamado para a vida

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A vida é um dom de Deus, dada gratuitamente a cada um de nós. Não fomos nós que nos criamos e que decidimos vir a este mundo, que exigimos a nossa presença neste planeta terra. Foi Deus, este ser superior, que nos deu esta graça de sermos participantes neste mundo, por um breve tempo, pois, mais cedo ou mais tarde, todos nós voltaremos para os seus braços. Assim como viemos a este planeta sem o nosso consentimento, assim também retornaremos para a outra vida, mesmo que não queiramos. Não depende de nós a vida e nem a morte, pois ela é dom de Deus e um chamado para a eternidade.

Se esta constatação é evidente, por outro lado, depende de cada um de nós a resposta que dermos para esta vida. Deus nos criou para sermos felizes e que possamos viver plenamente nesta nossa breve passagem. E o que significa viver a vida em plenitude? O que é necessário e fundamental para sermos felizes? Esta, com certeza, é a grande pergunta que devemos nos fazer diariamente, a fim de sermos efetivos e deixarmos marcas de amor por onde passarmos. Do contrário, teremos passado por esta terra, sem termos cumprido os desígnios de Deus a nosso respeito.

A vida só pode ser entendida na ótica da missão, do contrário, ela torna-se vazia e sem nenhum sentido ou significado. Victor Frankl, um grande psicólogo e médico, fundador de uma teoria chamada Logoterapia (a busca do sentido da vida), ele afirmava: ‘cada pessoa possui uma missão ou vocação especifica na vida. Portanto, ela não pode ser substituída, nem sua vida repetida. Assim sendo, a missão de cada um é tão única quanto a oportunidade de implementá-la’. E continuava dizendo: ‘no fundo, o homem não deve perguntar qual é o sentido da vida, mas na verdade perceber que ela é quem pergunta. Em outras palavras, cada homem é questionado pela vida; e ele só pode responder à vida respondendo por sua própria vida, ele só pode responder sendo responsável’.

Responder pela própria vida é colocar seus dons, suas qualidades, suas potencialidades, a serviço de um mundo melhor. Deveríamos sempre nos perguntar: a minha passagem por este mundo está ajudando-o a ser melhor? Com o meu jeito único de ser, sou chamado a ser um instrumento que ajuda na construção de uma sociedade mais fraterna, mas solidária e comprometida com o bem do próximo. Ali está o grande segredo da minha vida: sair de si mesmo, e colocar-se a serviço do outro. Ninguém se realiza como pessoa fechada em si mesma, no seu próprio ego, preocupado apenas com as suas vontades. É preciso superar a ideia do ‘eu’ primeiro, e pensar no ‘outro’. Na medida em que eu faço o bem, que eu ajudo a quem precisa, que eu doo meu tempo para quem está necessitando da minha presença, a minha vida assume um significado verdadeiro e profundo. Eu me realizo no bem que faço em prol do outro.

Viver a vida como uma vocação, é não medir esforços para servir e se sacrificar pelo próximo. Não importa qual seja o teu trabalho, qual seja a tua profissão, teu estado de vida, o que realmente importa, é o amor que você dedica naquilo que você faz. Não importa se você é leigo, casado, separado, solteiro, padre ou religioso, porque isso tudo é relativo. O importante é fazer tudo com plena dedicação, colocando sua vida, seus dons, tudo aquilo que você é em prol de um mundo melhor. Passar pela vida fazendo o bem, dando a mão a quem precisa, é com certeza, o grande segredo de uma vocação vivida plenamente.

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