Entre o bem e o mal

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

A passagem bíblica do joio e do trigo nos apresenta a história do bem e do mal, presente na vida de cada ser humano, e na história da humanidade. Desde o principio, estas duas realidades permearam a história do povo de Deus. A Bíblia começa falando sobre os dois primeiros habitantes da terra, Abel e Caim. Abel, o símbolo do bem e Caim, o símbolo do mal. Por inveja, Caim acabou matando o seu irmão Abel. Na verdade, dentro de cada um de nós está presente o joio e o trigo, e a imagem de Abel e Caim. Seguidamente somos bons, mas de repente, somos maus e destruidores. São a duas forças inerentes à nossa existência humana. É por isso que Jesus pede aos discípulos para não tirarem o joio, porque poderão arrancar junto o trigo. Isso será feito apenas no final dos tempos.

São Paulo, grande apóstolo de Jesus, muito bem manifestou esta realidade paradoxal presente nele, quando manifesta o seu conflito interior, deixando de fazer o bem por ele desejado, para fazer o mal indesejado. É uma força que vai além do nosso raciocínio, e que nos deve manter alerta, a fim de tomarmos a decisão do bem, mesmo quando o mal quiser ser mais forte e potente. É, na verdade, uma grande luta, que se manifesta no nosso dia a dia e perpassa toda a nossa realidade terrena. Só no outro mundo seremos perfeitos, porque seremos espirito, mas enquanto estivermos neste mundo e formos carnais, viveremos oscilando entre o bem e o mal, entre o desejo da vida e da morte.

Diante deste quadro, podemos tender a justificar as nossas ações, como se não fossemos responsáveis por aquilo que fazemos. Como se fossemos dominados por uma força superior que nos inclina e nos impele a agir de modo diferente daquele que gostaríamos. Isso pode ter seu fundo de verdade, mas por outro lado, nós somos livres para escolher o melhor ou o pior para a nossa vida. Isso depende de cada um de nós. A nossa liberdade é que nos orienta para um lado ou para outro. Ali está a beleza da vida: poder escolher, decidir e agir de acordo com os nossos princípios. Mesmo que eu continue sendo dominado pelas forças do bem ou do mal, eu posso escolher o rumo que eu quiser dar à minha vida. Isso é maravilhoso e demonstra o grande amor de Deus por cada um de nós.

Entre o estimulo e a resposta, existe a liberdade de escolha. Eu posso escolher diferentemente do animal, que age movido apenas pelo instinto. O ser humano, graças à sua capacidade de pensar, raciocinar, analisar, pode decidir que direção dar à sua vida. Por isso, ele não pode se esquivar da sua responsabilidade, jogando a culpa de seus atos no seu semelhante, como se ele não tivesse o poder de decisão. Quantas vezes ouvimos muitas pessoas dizerem: ‘eu não quis agir assim, mas fui obrigado’. Esse é um modo frágil de se posicionar diante das situações diárias da sua existência. Eu posso, sim, dar a direção para o meu agir, e ele depende em grande ou em maior parte de mim.

As escolhas são diárias, eu diria que são feitas a cada minuto, a cada segundo da nossa existência. Nós é que decidimos o rumo que vamos dar a elas, se serão para o bem ou para o mal, para a construção ou a destruição, para a vida ou para a morte, para sermos protagonistas da nossa existência ou meros executores de tarefas. A nós cabe dirigirmos o barco da nossa vida. Exatamente por sabermos que somos movidos pelo bem e pelo mal, é que devemos escolher. Se você quer ser feliz, escolha o bem e viverás. Por isso, a vida é fascinante e pede uma posição constante da sua parte. Escolha o bem e serás feliz.

Compartilhar
PUBLICIDADE