Jesus, o nosso grande amigo

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Como podemos definir um amigo? Com o que podemos compará-lo? Existem amigos de verdade, com os quais você pode contar em todos os momentos da sua vida? Amigo, é uma palavra tão corriqueira e expressa com muita frequência em nosso dia a dia. Frequentemente ouvimos as pessoas dizerem: ele é o meu melhor amigo; ele é um amigo de longa data; um amigo especial; um amigo presente em todas as horas da minha existência. Mas será que todos nós temos consciência, clareza do que significa ter um amigo? Jesus nos chama de amigos e não mais de servos. O que será que Jesus quis dizer com estas palavras?

Amigo, sob o ponto de vista psicológico, é aquela pessoa com a qual existe uma verdadeira reciprocidade. É algo parecido com uma troca, não no sentido de interesse, mas sim, na dimensão de partilha. Eu me sinto livre para expressar meus sentimentos, meus sonhos, minhas alegrias e dificuldades, meus anseios, conquistas e preocupações. Assim também, o outro manifesta o mesmo em relação à sua vida. É normal dizer que os verdadeiros esposos são antes de tudo amigos, como primeira dimensão essencial no casamento. Aliás, numa pesquisa realizada sobre o que mantém vivo uma vida matrimonial, aparece acima de tudo a amizade que envolve o casal. É comum ouvirmos relatos que apontam exatamente para isso: éramos apenas bons amigos, e com o passar do tempo, nos tornamos namorados e, finalmente, assumimos o compromisso de uma vida a dois para sempre.

Jesus se apresenta como nosso amigo, no sentido de que nós podemos contar com ele em todos os momentos de nossa vida. A relação não é recíproca, mas, por outro lado, ele coloca certas condições para estar com ele e seguir a sua proposta de vida nova, de construção do Reino de Deus. Amigo de Jesus é quem se coloca na mesma dinâmica de sua vida, ou seja, está atento à sua pregação e à sua proposta de construção do Reino de Deus. Assim, decididamente não é amigo de Jesus quem faz o mal, quem rouba e quem passa os outros para trás, quem fala mal da vida alheia, quem se coloca numa atitude de julgador, moralista e perfeito. Enfim, poderíamos elencar tantas outras atitudes necessárias para nos sentirmos amigos de Jesus. Mas, mesmo quando erramos e pecamos, ele, como nosso amigo, está sempre pronto a nos acolher e a nos amar. Quando erramos, não é ele que não quer ser mais nosso amigo, mas somos nós que nos afastamos dele, pois ele só que só quer o nosso bem e a nossa felicidade.

Quantas vezes ouvimos pessoas que defendem seus amigos no erro, na falha, incapazes de corrigi-los e de chamar a sua atenção para a ação cometida. Na verdade, agindo assim, não são amigos, pois o verdadeiro amigo quer o bem do outro. Jesus, também, nos corrige como bom amigo, porque quer a nossa felicidade. Para a mulher pecadora, Jesus disse: ‘vai em paz e não peques mais’. Ele não concordou com a atitude errada daquela mulher, mas, como verdadeiro amigo, lhe deu a mão e manifestou o seu desejo para que ela tomasse outro rumo em sua existência, deixando para trás a vida anterior. Jesus, quando nos chama de amigos, no fundo se apresenta assim, porque quer a nossa felicidade, o nosso bem, a nossa plena realização. Ele está sempre pronto para apontar o caminho certo, e isso nós encontramos presente na boa nova do evangelho. Como bom amigo, ele nos corrige e nos aponta para o bem, para a vida, para o amor.

Assim também nós somos chamados a cultivar diariamente boas amizades, que nos ajudem a vivermos mais plenamente no caminho do bem.

Publicado na edição 1163 – 16/05/2019

Jesus, o nosso grande amigo

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