Nossos avós – nossos alicerces

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Segundo a história, os pais de Maria, se chamavam Ana e Joaquim. Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida destes que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’ Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant’ Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis, mas, apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor e Deus. O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também, segundo uma tradição antiga, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o templo, onde foi educada, ficando aí até o tempo do noivado com São José. A data do nascimento e morte de ambos não possuímos, mas sabemos que vivem no coração da Igreja e nesta são cultuados desde o século VI. Em hebraico, Ana exprime ‘graça’ e Joaquim equivale a ‘Javé prepara e fortalece’. Sendo pais de Maria, naturalmente, eram os avós de Jesus, cuja festa celebramos no dia 26 de julho. Com certeza eles eram muito amados e estimados pelo neto, o menino Jesus.

Não tive a alegria de conviver muito tempo com os meus avós, inclusive, não cheguei a conhecer o meu avô paterno, que tinha exatamente o meu nome. No entanto, pude observar os meus sobrinhos, que tiveram e ainda tem uma convivência com os seus avós, a importância dos mesmos nas suas vidas. Meu pai sempre foi um homem bastante duro e enérgico, mas bastante carinhoso e terno com os seus netos. Parece que os netos amolecem até mesmo os avós mais carrancudos. Ser avô é na verdade, ser pai duas vezes. Os avós tantas vezes dão o carinho que os pais talvez não deram de modo suficiente. Ou então, tem o perigo de como se diz na gíria, ‘estragar os netos’, dando-lhes tudo o que querem.

A figura dos avós é muito significativa para nossas vidas. Eles são a memória viva de uma vida vivida, cheia de sofrimentos e lutas, dores e alegrias, conquistas e derrotas. O papa Francisco fala da enorme importância da sua figura em nosso meio. Nas culturas orientais, eles são muito valorizados e suas palavras são bastante ouvidas, pela sabedoria adquirida ao longo dos anos. O ancião é alguém que tem o respeito dos mais jovens, que veem nele o exemplo de luta, de doação e de uma vida vivida com coragem e esmero. Suas sugestões são bastante ouvidas e levadas em consideração. Vemos imagens de crianças sentadas aos seus pés, ouvindo os seus conselhos, orientando-os para a vida. No mundo ocidental, nem sempre eles são levados em consideração. Às vezes são taxados de pessoas fora da realidade, que não sabem manusear um computador, que são ultrapassados e não tem nada a ensinar. Triste esta realidade, pois, a sabedoria se adquire com o enfrentamento dos problemas, superados ao longo de suas vidas. Portanto, eles têm a escola da vida, e é isso que eles podem nos ensinar.

Se você ainda tem a graça dos avós vivos, aproveite-os com muito carinho. Eles têm muita coisa boa para te ensinar, e com certeza, será útil para toda sua vida. Deixa que eles te contem suas histórias, pois são histórias de luta, de dor e sofrimento, mas superadas na força da vontade e na enorme fé em Deus. Quantas batalhas vencidas com muita garra e determinação. Quantas histórias de superação, quando ainda não se tinha nem luz e nem água encanada; tudo era muito mais difícil e complicado, mas eles venceram, e hoje, graças a eles, você pode desfrutar de tantas melhorias. Os avós são, na verdade, os alicerces de uma vida bem vivida.

Publicado na edição 1123 – 26/07/18

Nossos avós - nossos alicerces

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