O poder da oração

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Jesus frequentemente se retirava para o meio do deserto para rezar. No silêncio, ele conversava com Deus e deixava-se guiar pelos seus planos a seu respeito. Ele tinha plena consciência de que todas suas ações, palavras, gestos eram guiados pela vontade de Deus. Na primeira parte da manhã, encontramos diversas vezes Jesus sozinho, deixando-se guiar pela voz de Deus que agia em sua vida. Assim também, muitas vezes, após uma intensa missão, ele se distanciava da multidão para estar a sós, contemplando o mar, guiado pelo clima silencioso do deserto, para recuperar as energias perdidas.

As grandes decisões tomadas na vida de Jesus, sempre foram precedidas por fortes momentos de oração. Assim foi antes de escolher os discípulos; em Cesareia de Felipe, quando escolheu Pedro para ser o chefe da Igreja e, principalmente, antes de ser preso e condenado à morte no Horto das Oliveiras. Sua oração foi tão profunda a ponto de suar sangue enquanto rezava e entregava sua vida nas mãos de Deus. Suas últimas palavras foram de entrega total ao plano de Deus Pai: ‘Pai, afasta de mim este cálice, mas que se faça a sua e não a minha vontade’. Ele sabia de tudo o que o aguardava, poderia fugir, mas, obediente à vontade de seu Pai, após profundos momentos de oração, aceitou entregar sua vida para nos salvar.

Os grandes santos foram homens de muita oração. São Vicente de Paulo costumava refletir a importância da contemplação e da ação. Para ele, um homem ativista, sempre em movimento, preocupado apenas com os outros, poderia cair num grande vazio. Por isso, a oração era o momento fundamental para renovar as forças e as energias para seguir firme e forte na missão. Acreditava profundamente no seu poder, a ponto de dizer: ‘Dai-me um homem de oração e ele será capaz de tudo’. Claro, esta frase, fora do contexto pode reduzir o pensamento da pessoa, achando que basta rezar. No entanto, para o grande santo, a oração estava intimamente ligada com a ação. O missionário, para ser alguém cheio de esperança, cheio de Deus na missão, deveria priorizar em sua vida, fortes momentos de encontro com Deus. Ele mesmo era um homem profundamente inclinado a Deus, confiando plenamente na sua providência.

O papa Francisco, diante da grande missão de bem conduzir a Igreja nos caminhos do Senhor, pede sempre em seus escritos e em suas falas, que rezem por ele. Ele tem plena consciência que sozinho, somente com as suas próprias forças, não será capaz de conduzir o rebanho a ele confiado. Desde o início do seu pontificado, ele, humildemente, reconhece a grande força de Deus em sua vida. Nos seus escritos, questiona inclusive aqueles que acham que não necessitam da presença divina, como que se as suas forças físicas, psicológicas foram suficientes para conduzir suas vidas. Para o papa, a presença de Deus é fundamental, é essencial, e, é por isso, que ele está sempre sereno e tranquilo. Apesar dos enormes desafios e críticas, inclusive, ele mantém-se muito equilibrado, e suas palavras são cheias de fé, coragem e entusiasmo. Um grande homem, de um equilíbrio extraordinário.

Assim também, na vida de cada um de nós, a oração tem um poder incrível de curar, animar e nos conduzir no caminho da vida. Diariamente somos convidados a abrir o nosso coração, a nossa mente, as nossas palavras, gestos e ações, colocando tudo nas mãos de Deus. Ele é o Senhor da nossa vida, Dele viemos e para Ele voltaremos. Na medida em que deixarmos que ele aja dentro de nós, viveremos de modo mais tranquilo, sereno e equilibrado.

Publicado na edição 1168 – 19/06/2019

O poder da oração

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