Viva intensamente

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Quão misteriosa é esta vida. Ninguém pediu para nascer, mas dificilmente alguém quer ir embora. Por mais difícil e exigente que seja o dia a dia, o desejo seria permanecer por aqui infinitamente. Se pudéssemos, com certeza, pararíamos o relógio do tempo e não permitiríamos que ele avançasse. Apesar das dores e sofrimentos, das lutas diárias, de tantas situações inesperadas e dolorosas, momentos complicados e tortuosos, mas convenhamos, viver é uma maravilha, um grande presente de Deus. Dói saber que tudo isso é passageiro, e que por mais que aumentemos a média de vida, um dia, queiramos ou não, teremos que deixar esse mundo e partir para a eternidade.

A vida é fugaz, os anos passam ligeiro, a velhice vai chegar e para muitos ela já chegou. E daí, o que construímos e o que deixamos para trás, valeu a pena viver? Triste é chegar no fim da vida e perceber que poderíamos ter amado mais, e não amamos; poderíamos ter ajudado mais e não ajudamos; poderíamos ter feito tanto bem e não fizemos; poderíamos ter doado nosso tempo para os outros e não doamos. No fim da vida ninguém vai perguntar quanto dinheiro você tem, quantos carros, propriedades, bens materiais, mas sim, quanto você amou e quanto você ajudou para que o mundo fosse melhor.

Sempre mais estou convencido que a vida só tem sentido e razão de ser, quando colocada a serviço do outro, da construção de um mundo melhor. O ‘eu’ deve ficar em segundo plano, porque quando me coloco por inteiro para o bem do outro, eu também acabo desfrutando do bem semeado. Como dizia o grande apóstolo São Paulo: ‘existe muito mais alegria em dar do que em receber’. Pena que tanta gente não pensa assim, pelo contrário, só pensa em levar vantagens em tudo. Como dizia um grande poeta: ‘ele é um pobre coitado, pois só tem dinheiro’. Tem dinheiro, mas não tem amigos, não tem dignidade, não tem ética, não tem respeito. Ele pode até ter tudo, materialmente falando, mas lhe falta tudo. Apegado ao dinheiro, aos bens, um ganancioso, mas um doente, um pobre coitado.

A vida assume um tom de plenitude, quando eu faço dela uma entrega a Deus e aos irmãos. Os dons que possuo, as qualidades que tenho, tudo é colocado a serviço do outro. Quando me entrego de corpo e alma por um projeto em prol de um mundo melhor; quando me gasto pelo outro; quando faço de modo voluntário um trabalho em prol da comunidade; quando doo meu tempo para quem dele precisa, ai sim, a vida assume um colorido totalmente diferente. Aí sim vale a pena viver.

Não importam os anos da Sua vida, mas o quanto você viveu plenamente este amor aos irmãos. Uma vida pensada somente em função de si mesmo, ou só da sua família e das suas necessidades, é uma pobre vida. Uma vida doada aos outros, à comunidade, às causas do bem da sociedade, é uma rica vida. Como dizia Jesus: ‘quem quiser ganhar a sua vida sem mim, vai perdê-la; quem perder a sua vida por causa de mim vai ganha-la’. Ou seja, perder a vida por causa de Jesus, é amar, é dar o seu tempo para o bem do outro, é gastar-se por uma causa, a causa da construção do Reino de Deus.

Viva intensamente, plenamente, com todas as suas forças, e isso quer dizer, não meça esforços para fazer o bem e ser um homem, uma mulher do bem. Oxalá que no final da nossa vida a única bagagem sejam as marcas de amor que tenhamos deixado sobre a terra.

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