Nos últimos três anos, os CMEIs de Araucária pouco avançaram nas condições de atendimento às crianças. Ocorreram várias mudanças a nível nacional para atender as propostas do Plano Nacional de Educação. No entanto, as mudanças realizadas no último período só foram feitas por medidas emergenciais e exigidas pelo Ministério Público. E, caso o MP não tivesse exigido, nada disso teria acontecido.
E a precariedade das unidades tende a aumentar. Pois, quando não há contratação via concurso público, por exemplo, os profissionais contratados por PSS, não são criados vínculos com a comunidade por atender apenas no período, que no caso é até dezembro deste ano.
Além disso, nenhum CMEI foi inaugurado desde 2013 e as unidades existentes não comportam o número de crianças. O mobiliário de vários CMEIs está obsoleto ou inadequado, como a falta de trocadores e falta de lactários para as turmas de berçário.
As condições dos espaços e colchões para o sono das crianças também não são adequados. Os colchões são muito finos e não tem quantidade suficiente para o número de alunos. E a única coisa que ouvimos da Secretaria é que devemos aguardar os prazos de licitação. Enquanto isso, não é possível garantir um sono confortável às crianças, devido à falta de organização da Prefeitura, o que demonstra a falta de preocupação deles com os filhos da população de Araucária.
Outro ponto importante que se nota é a falta de comprometimento em relação às casas locadas. Nesses locais não há estruturas específicas para a Educação Infantil, sendo espaços improvisados e adaptados. Nestes CMEIs, não temos o mínimo exigido pelo Ministério da Educação.
Diante da falta de estrutura, as educadoras são impossibilitadas de desenvolver plenamente o seu trabalho. Ficando, muitas vezes, sobrecarregadas por conta dos problemas que os CMEIs apresentam.
Com tudo isso, é necessário que os pais questionem esse descaso da Prefeitura e se reúnam com as educadoras para lutar por soluções para o melhor atendimento de seus filhos. As crianças merecem estar em um local pensado nelas e é dever da Prefeitura garantir estes direitos!