COMUSAR discute o atendimento dos serviços 24hs de Araucária

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Secretário afirma que vai mesmo privatizar o Pronto Atendimento Infantil.

Na quarta-feira, 20 de setembro, aconteceu a reunião extraordinária do Conselho de Saúde de Araucária (COMUSAR) que discutiu os serviços 24hs, em especial a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Várias questões que há tempos são denunciadas pelos servidores e pelo SIFAR foi discutida no conselho, principalmente a falta de servidores para atender e o aumento da privatização nos serviços de saúde. São muitos os problemas vivenciados no dia a dia, principalmente pela população quando procura atendimento.

Um dos problemas da UPA é que há anos a prefeitura vem comprando horas médicas para atender nos serviços de saúde em Araucária, essa foi uma opção mais cara, tanto financeiramente como na qualidade do atendimento ao usuário.

O SIFAR é contrário a toda e qualquer ação no serviço público que tenha presença da iniciativa privada, como é o caso da presença da Hygea Gestão & Saúde, empresa contratada para a prestação de médicos plantonistas para serviço de urgência e emergência e também do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), organização que administra o Hospital Municipal de Araucária (HMA) atualmente.

Quando se terceiriza, ainda há a possibilidade de cobrar da pessoa física quando algo não vai bem, mas no caso da Hygea, a prefeitura não contrata médicos e sim hora-médico. O mais grave é que ninguém gerencia o trabalho desses médicos, porque no contrato do médico com a Hygea está explicito que eles não são funcionários da empresa e sim sócios, portanto não há como ter controle de presença e informação de qual será o médico que trabalhará no plantão.

Também, por ser um emprego precário (sem registro em carteira, décimo terceiro, férias, etc.), muitas vezes são médicos sem experiência em urgência e emergência, que se submetem a esse regime de trabalho, reduzindo a qualidade do atendimento. A terceirização não dá ao trabalhador vínculo empregatício, gerando falta de compromisso com o serviço e descontinuidade do trabalho, além de rotatividade dos profissionais, desconhecimento de fluxo, falta de vínculo com o serviço de saúde, etc. Sem contar o lucro exorbitante da empresa terceirizada contratada (mais de R$200 mil por mês!), que acaba saindo muito mais caro aos cofres públicos com a notável piora do atendimento.

Portanto, os serviços contam com médicos terceirizados, mas com pouquíssimos servidores concursados, que hoje tem que fazer muitas horas extras e aguentar a sobrecarga diária para manter o aten­dimento.

Velhas promessas e garantia de privatização
Sobre o Pronto Atendimento Infantil, o secretário afirmou que o mesmo vai ser transferido para o HMA e a empresa irá gerenciar o PAI, ou seja, será privatizado e TODOS os servidores públicos que há anos se qualificam para aten­der a infância serão transferidos para outros serviços. O COMUSAR e o SIFAR desde o inicio do ano estão numa batalha para evitar esse retrocesso para os serviços públicos de saúde do município, mas a gestão com a anuência da promotoria pública insiste que o melhor para o município é privatizar.

O COMUSAR mais uma vez solicitou uma Audiência Pública para discutir a situação da saúde pública e o secretário afirmou que não irá participar. O SIFAR acredita e defende que não há aten­dimento de qualidade no serviço público sem servidores públicos concursados e continua cobrando que haja concurso público para todas as vagas para que assim, tenha investimento real na atenção à saúde de Araucária.

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