Pra cargo comissionado tudo é festa, pro serviço público nada resta!

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Na última sexta-feira, dia 15, aconteceu um fato “histórico” em nossa cidade: a tocha olímpica passou por Araucária! Mas será mesmo que esse evento foi tão importante para a cidade? Poderia até ser se a cidade realmente comportasse o evento sem nenhum ônus para a população. Pois, afinal, gastou-se dinheiro que deveria ir para saúde e educação com a festa para a tocha. Sim, foram gastos milhares de reais que poderiam ser usados para me­lhorar o município!

Não é segredo para ninguém o estado deplorável em que a cidade se encontra, falta tudo, materiais, remédios, profissionais de saúde, condições de trabalho decentes para os servidores, o que consequentemente afeta a qualidade do serviço para a população, entre outros problemas. É impossível que haja qualidade total no serviço à população se não há funcionários suficientes nem materiais básicos para o trabalho.

Sabemos que nenhum valor foi pago ao Comitê Olímpico para que a tocha passasse por Araucária, mas não podemos ser ingênuos de achar que não houve custos para o município. Os palcos, os shows, a segurança, a mudança no trânsito, tudo isso era responsabilidade do município. Além disso, o SAMU ficou à disposição do revezamento, ou seja, imagine você precisar ser atendido por uma ambulância e não conseguir porque estão à serviço da tocha?

Diferente do que querem nos convencer, claro que houve ônus para os municípios! Tanto que pelo menos duas cidades de Minas Gerais abriram mão da passagem da tocha por não conseguir arcar com os gastos desse evento. Será que Araucária não deveria ter feito o mesmo?

Na educação, faltam vagas nos CMEIs e sobram problemas. Unidades sem segurança, sem móveis específicos para as crianças, sem colchões suficientes e os que têm estão furados, salas com goteiras, buracos nos pisos, armários com portas caindo, portas dos banheiros enferrujadas, etc. Para a educação das nossas crianças não tem dinheiro, por causa da crise, mas para a tocha tá até sobrando!

Já na saúde, faltam quase 500 profissionais para atender à população, a Prefeitura diminuiu os horários de atendimento dos postos de saúde e está dispensando os médicos terceirizados. Além disso, a população tem que ficar mais de quatro horas para ser atendida na UPA ou no PAI, e ainda precisam comprar medicamentos básicos que o município deveria fornecer. Esses problemas não são culpa dos fucionários, que se esforçam para atender os usuários da melhor maneira sem nenhuma condição, a culpa é do descaso dessa gestão com o serviço público, que cada vez mais deixa largado e sem investimento.

Temos que abrir o olho para essa farra com o nosso dinheiro! Vamos reivindicar os nossos direitos e cobrar as condições básicas para viver bem na nossa cidade! Temos direito à educação, saúde e segurança! Queremos respeito, prefeito!

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