Escola sem “partido” – A fina flor da imbecilidade politica

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“As aspas estão propositalmente na palavra “partido”. Uma escola que não toma partido, pessoas que não se posicionam, omissão e subordinação. Essas são as premissas de um movimento que incentiva “denúncias” aos professores que tratarem da luta de classes em suas aulas. Afinal, o opressor precisa do silêncio dos oprimidos. Como diria François La Rochefoucauld, “o silêncio é o partido mais seguro de quem desconfia de si mesmo”.

O movimento acusa professores e instituições de ensino de manipularem o pensamento dos estudantes, realizando uma suposta doutrinação esquerdista. Porém, ao contrário da aparente simplicidade e até certa ingenuidade que sugere o mesmo, não é possível compreendê-lo sem ampliar o contexto histórico e, ironicamente, se valer de uma característica da esquerda: analisar a complexidade dos acontecimentos políticos de uma sociedade.

Parece ser um risco pedir para que pessoas que se orgulham de uma postura conservadora reconsiderem e analisem as expressões que utilizam, exemplo de “ideologia de gênero”. (Como se alguém pudesse lançar a outro “uma ideia sobre a sua própria sexualidade e assim essa se alterasse”). Portanto precisamos aqui de outra característica da esquerda: a persistência.

São muitos os pontos que precisam ser desmontados, mas o principal aqui é que seja buscada a motivação geral do movimento e dos subsequentes projetos que estão em análise por todo o Brasil.

O “escola sem partido” defende a escola como espaço de conteúdos estéreis, “neutro”, com o mínimo de vinculação com a realidade. Qual seria o resultado de uma educação tão robotizada? A resposta expõe um dos objetivos do pensamento conservador brasileiro: quantidade generosa de trabalhadores dóceis, que dão a vida em seus trabalhos massacrantes e agradecem por isso. Vamos pensar mais sobre a tal “neutralidade política”? Desmond Tutu, arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o Apartheid, afirmou que “se você é neutro em situações de injustiça, você escolhe o lado do opressor”. É essa a neutralidade que os pseudo-pensadores estão querendo nas escolas?”

Trecho do artigo elaborado pela professora Veriele Della Justina e Marcio Carvalho. Quer saber um pouco mais sobre esse tema? Acessa o site do Sismmar: www.sismmar.com.br. Lá tem o artigo completo. Vale a pena ler!

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