Governar para quem?

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Em consonância com o projeto de desmonte das condições da classe trabalhadora, o prefeito Hissam nega-se a atender a pauta dos trabalhadores do município. Os sindicatos Sismmar e Sifar, junto a alguns servidores, estiveram em reunião com o governo nessa segunda feira 04/06 e a resposta foi igual para todas as reivindicações: zero!

É evidente sua conformidade às políticas estaduais de Beto Richa e federais de Michel Temer de retirada e congelamento de direitos daqueles que derramam seu suor diariamente. Ao atacar os servidores, Hissam demonstra também seu descaso com a população araucariense. Esses servidores são aqueles que estão no dia a dia em contato direto com a população, seja nas escolas, postos de saúde, CRAS, segurança, entre tantos outros serviços prestados. Sem condições adequadas de atendimento, sem valorização, trabalhando por si e por mais dois ou três, visto que faltam funcionários, como garantir a qualidade do serviço?

Em contraposição a toda essa situação de descaso com os funcionários e cidadãos do município, e praticando exatamente a mesma política que o Estado e o Governo Federal, investimentos são feitos para privilegiar interesses próprios e da burguesia – sua aliada. O que vemos em Araucária são bairros esquecidos, com UPAS e escolas em péssimas condições, asfaltos péssimos (apesar do aumento de impostos para a população), enquanto em áreas centrais (especialmente próximas a determinados comércios) o investimento é de primeiro mundo. Um exemplo disso são os sinalizadores de led, que começam na entrada da cidade e seguem até um determinado ponto estratégico, não sendo vistos em outros pontos da cidade.

Qual é a real função de um governo? Atuar de acordo com seus próprios interesses enquanto o povo e os servidores penam para garantir o prato de comida na mesa e as contas em dia?

O prefeito se vangloria por ser empresário. Em uma gestão pública, isso não é virtude. A prefeitura não é uma empresa que visa garantir lucros. A prefeitura é um órgão público que precisa proporcionar à população a assistência aos seus direitos. Para isso, é necessário organização, investimento, e comprometimento. Também é fundamental ouvir a população e seus funcionários, buscando atender às suas necessidades, e não governando em causa própria.

Os servidores públicos permanecem com salários defasados, avanços na carreira congelados, vale alimentação sem reajuste. Servidores aposentados estão em más condições de sobrevivência, pois tiveram direitos negados e retirados. Mas aqueles que estão lá em cima seguem bebendo champanhe ao fim do expediente. Não ficaremos calados às afrontas que nos circundam!

 

 

 

Publicado na edição 1116 – 07/06/2018

Governar para quem?

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