Quando a “melhor” defesa é o ataque

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Na semana passada, um fato deixou os servidores públicos municipais ainda mais indignados com a forma de tratamento dispensada pelo governo municipal. O Secretario de Comunicação Social, Eugenio Odppis Junior emitiu comentários em uma rede social em que levanta uma série de suspeitas e acusações sobre os diretores de escola e demais servidores de carreira.

Eugenio Junior ganhou status de secretário de comunicação social recentemente. A pasta que anteriormente era um ramo dentro da Secretaria de Governo, passou a ter orçamento e estrutura própria, aumentando com isso, em tempos de “casas magras” os gastos e os cargos. Para exemplificar acompanhamos a evolução salarial de Eugenio Junior, responsável pela Secretaria. Segundo dados constantes no Portal da Transparência: O nomeado de Olizandro recebia R$ 8.643,36 até o mês de maio de 2014, saltou para o mês de julho (mês de transformação do órgão em secretaria) recebendo R$ 21.343,83 e a partir de agosto passou a receber R$ 12.679,50.

Tanta valorização deveria resultar em muito empenho por parte de Eugenio Junior. Porém, uma das atribuições de sua pasta; a assistência direta ao Prefeito Municipal nas suas relações com a mídia deixou a desejar e provocou um desgaste ainda maior. Ao assumir a tarefa de assessorar a imagem pública do Prefeito, deveria ter mais cuidado com o que sai falando pelas redes sociais e ocupar-se em comunicar à população dos feitos institucionais da administração.

Com a imagem cada vez mais desgastada do Prefeito, podemos afirmar e reafirmar a incompetência de Eugenio na tarefa que assumiu. Envolvendo-se em polêmicas e politicagem, perde Eugenio, perde Olizandro e perdem os servidores que, além de desvalorizados, são atacados e acusados frontalmente por um agente político do alto escalão de Olizandro. Se fundem “opinião pessoal” e “posição política” do responsável pela comunicação e da administração nesse caso.

Não foram poucos os servidores indignados. Muitos já tiraram dinheiro do bolso pra garantir a execução do seu trabalho. Professores e diretores de escola são um exemplo disso. Se houve conduta inapropriada, boicote ou roubo como ele levanta a suspeita, e se Eugenio Junior testemunhou e não tomou providência, no mínimo foi conivente.
Deveria ter instalado processo administrativo e assim, seriam punidos os servidores. Mas generalizar, como se todos assim o fizessem é uma conduta antiética e fere o profissionalismo pelo qual deveria orientar sua pasta.

Em espaço cedido pelo Jornal O Popular, que aliás tem sido mais competente na defesa intransigente e radical de Olizandro do que toda a estrutura da Secretaria de Comunicação Social, Eugenio Junior se desculpa. Como se isso bastasse. Na certeza de sua impunidade, Eugenio Junior seguirá recebendo dinheiro público mês a mês até que o mandato de Olizandro acabe. Cumpre bem a estratégia desesperada de que a principal defesa é o ataque.

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