Temos o direito de saber

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Dia desses vi uma entrevista na Globonews do vice-presidente José Alencar que me chamou a atenção. Mesmo debilitado por conta do tratamento contra o câncer, que consome sua saúde há anos, ele falava com uma impressionante serenidade sobre a doença e sobre a repercussão do caso na mídia. Alencar sabe que o câncer o matará em breve e não quer esconder isso de ninguém.
 
Em determinado momento da entrevista, Alencar foi questionado sobre os motivos que o levaram a expor publicamente a sua luta contra a doença. Foi aí que ele deu uma aula de como deve se comportar um político perante a opinião pública. O vice-presidente ensinou que o homem público não se pertence. A partir do momento que o sujeito entra para a política ele tem que ter a consciência de que tudo o que lhe acontece é de interesse da sociedade. “O câncer do José Alencar não interessa a ninguém, mas o câncer do vice-presidente é de interesse da nação”, explicou.
 
A fala de Alencar é perfeita e devia servir de exemplo para todos os políticos, inclusive os residentes em Araucária, que muitas vezes consideram que sua vida particular deve ser desassociada da pública, o que é um tremendo engano. Ora, a vida pública é espelho da vida particular. Se o político, por exemplo, não é fiel nem com a esposa imagine com o seu eleitor. Se o sujeito não é bom pai (ou mãe) quem dirá bom político. Se o homem público administra de forma ineficiente a própria empresa da família quiçá a empresa do povo, que é o Município de Araucária e assim por diante.
 
É importante que tenhamos consciência disso quando formos escolher nossos candidatos. É preciso analisar todos os aspectos de um político antes de darmos a ele o nosso sagrado voto. Em países dito desenvolvidos isso já é praxe. A opinião pública desses locais esmiúça a vida dos candidatos a ponto de saber até se ele joga papel de bala no chão e isso influencia diretamente em sua votação. E olha que mesmo assim volta e meia um deles é pego pilhando os cofres públicos ou em atos incompatíveis com a função. A diferença é que nesses países quando isso acontece os sujeitos são enxotados dos cargos. No Brasil nem sempre (para não dizer quase nunca).
 
Então, minha gente, fica o ensinamento de José Alencar: o homem público não se pertence. Temos o direito de saber tudo sobre ele. Inclusive, aspectos de sua vida particular. E eles que não nos venham com aquele papinho de que uma coisa é o que ele faz em casa e outra o que ele faz na política.
 
E você, o que pensa sobre o assunto? Dê a sua opinião!
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