Condenado a 15 anos por homicídio

Em apenas um dia, três pessoas foram mortas. Zóio foi condenado pela morte de Juliana
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Em apenas um dia, três pessoas foram mortas.  Zóio foi condenado pela morte de Juliana
Em apenas um dia, três pessoas foram mortas. Zóio foi condenado pela morte de Juliana

140502150000_140404160152_cpia_de_2_copy
Na tarde de quarta-feira, 3 de fevereiro, a Vara Criminal de Araucária realizou um júri popular e condenou o réu Jhonatan Ale­xandre Nunes Ribeiro, mais conhecido como Zóio, a 15 anos e dois meses de prisão em regime fechado. Ele foi condenado por homicídio qualificado contra a vítima Juliana da Silva. Segundo os advogados au­xiliares da Promotoria, a sessão transcorreu dentro da normalidade, com debates honestos, e os jurados condenaram o réu por unanimidade, em todos os quesitos.

O crime pelo qual Zóio foi sentenciado ocorreu no dia 21 de março de 2014, por volta de 18h30, na avenida dos Pinheirais, no jardim Industrial, em fren­te à empresa Treesure. O réu, por motivos não devidamente esclarecidos, disparou contra o veículo Corsa Sedan, que era conduzido por Ananias Lopes de Almeida, marido de Juliana, acabando por atingi-la e matá-la.

Jhonatan teria parado o veículo que conduzia, uma Ecosport, ao lado do carro em que a vítima estava e, sem que estes pudessem esboçar qualquer gesto de defesa, sacou a arma de fogo e disparou, fugindo logo em seguida.

Segundo a Polícia Civil, Zóio foi preso em Curitiba, uma semana após acontecer o crime que envolveu outras duas vítimas (leia no box). Ele foi detido pelo 12º BPM e, após sair o laudo do confronto balístico feito entre o projétil retirado do corpo da moça e o projétil disparado pela pistola ponto 40 usada pelo suspeito, a polícia chegou a conclusão de Zóio era o autor dos disparos e que Juliana não era seu alvo.

UM CASO COMPLEXO

Juliana da Silva morreu inocentemente no mesmo dia em que um crime complexo teve outras duas mortes. A confusão, que culminou na quadra do Colégio Agalvira, começou na sexta-feira, 21 de março de 2014, e só foi acabar na manhã de sábado, dia 22. Por volta de 18h20 de sexta-feira, indivíduos chegaram na quadra do colégio em um veí­culo Gol branco e enquadraram os amigos Willian Araujo da Silva, na época com 19 anos, e Ivan Aires da Silva, 18 anos, vulgo ‘’Gordinho’’. Uma troca de tiros se iniciou e os dois jovens abordados foram alvejados com vários disparos.

Willian chegou a ser socorrido pela ambulância do SAMU, mas não resistiu e morreu antes de chegar ao hospital e Ivan, mesmo baleado, conseguiu escapar. Nesse momento, os autores, já em fuga, teriam disparado contra o veículo Corsa, no qual estava Juliana. Ela estava no carro com o marido e foi atingida.

Apesar das notícias preliminares terem feito ligação entre os dois crimes, a moça não foi morta na quadra do colégio e nem estava junto com os rapazes alvejados.

O corpo de Ivan, a terceira vítima, foi encontrado na manhã de sábado, dia 22, por populares, caído nos fundos do pátio do colégio, próximo ao local onde o parceiro Willian havia morrido na noite anterior. Segundo a polícia, a principal linha de investigação para o crime é uma briga de gangues por ponto de drogas, mas na época também foi levantada a suspeita de que as mortes poderiam estar relacionadas a uma vingança por outro crime, ocorrido no dia 19 de setembro de 2013, quando três jovens foram mortos a tiros, também na região do Jardim Industrial. Conforme a polícia, a principal linha de investigação para aquele triplo homicídio também era o tráfico de drogas.

A Delegacia de Polícia informou que não há fato novo sobre a autoria dos homicídios, mas as investigações continuam.

FOTOS: MARCO CHARNESKI / POLÍCIA MILITAR

Compartilhar
PUBLICIDADE