Mulher confessa que matou o marido PM

Familiares dizem que Rodrigo e Hellen tinham um bom relacionamento
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Familiares dizem que Rodrigo e Hellen tinham um bom relacionamento
Familiares dizem que Rodrigo e Hellen tinham um bom relacionamento

Na tarde de terça, dia 16 de agosto, Hellen Homiak Federizzi mostrou à polícia onde havia enterrado as pernas do marido, o PM Rodrigo Fede­rizzi, região do Passaúna, próximo à represa.

No dia anterior ela acabou confessando que foi ela mesma quem teria matado o marido, desmentindo suas próprias versões anteriores que havia dado à polícia, onde afirmava que Rodrigo tinha saído de casa, que fica no bairro Tatuquara, em Curitiba, no dia 28 de julho para resolver assuntos pessoais e não voltou mais. Ela tinha chegado a postar mensagens no facebook desejando a volta do marido e as pessoas, sem saber, ficavam dando força a ela.

Hellen mostra aos policiais onde enterrou as pernas do marido
Hellen mostra aos policiais onde enterrou as pernas do marido

Encenação

Seu teatro caiu por terra quando, no domingo, dia 14, um agricultor e seu filho estavam preparando um terreno para plantio, em Campestre, região rural de Arau­cária, e encontraram o corpo de Rodrigo dentro de um saco plástico, enterrado a poucos centímetros de profundidade. Quando a perícia foi terminar de retirar o corpo do local, descobriu que faltavam as pernas.

Ellen já estava presa desde o dia 10 de agosto, por ser suspeita de ser ela a autora do crime. A polícia havia feito uma perícia em sua casa e encontrou vestígios de sangue no quarto do casal e no banheiro. Também encontrou sangue em um serrote que estava na casa. Mas até então o corpo não havia sido encontrado e ela negava ser culpada. O filho de nove anos do casal, que está com os avós, foi entrevistado por um psicólogo e disse que foi acordado na noite anterior ao sumiço de Rodrigo com o barulho de um estampido, igual ao do disparo de arma de fogo.

O corpo foi encontrado por agricultores
O corpo foi encontrado por agricultores

Horror

Depois que o corpo foi encontrado Hellen decidiu contar tudo. Admitiu que ela matou o marido e que agiu sozinha. Contou que atirou na nuca dele na manhã do dia 28, na hora em que ele estava dormindo, na cama do casal. Em seguida mandou o filho brincar no playground do prédio e levou o corpo até o banheiro para cortar as pernas. O relato é estarrecedor. Ela teria dito no depoimento que começou a cortar as pernas com uma faca de caça, mas que quando chegou no osso precisou usar o tal serrote que a perícia achou. Depois embalou o corpo em um saco e colocou dentro de uma mala grande. As pernas colocou em outra mala.

Colocou tudo dentro do carro e veio para Araucária. Contou que escolheu o lugar quando estava no carro. Escolheu essa região porque semanas antes o casal estava procurando uma chácara para comprar com R$ 150 mil de um consórcio imobiliário que eles foram contemplados. Ela disse que começou a enterrar o corpo, mas ouviu barulho, ficou com medo de ser descoberta e decidiu sair dali e enterrar as pernas em outro local.

Durante o depoimento à polícia, que durou mais de três horas, ela teria dito que matou o marido porque ele teria chamado ela de louca e que iria tirar o filho dela. Disse que estavam passando por uma crise no relacionamento, mas garantiu que o crime não foi premeditado. Porém as investigações apontam o contrário. Dias antes ela apareceu com as malas em casa. Também comprou uma pá em uma loja de material de cons­trução. Os investigadores conseguiram as filmagens dela nesta loja.

Limpeza

Após ter enterrado o corpo e as pernas, ela mandou lavar o carro. Também limpou a casa. Os familiares estranharam a preocupação dela com a limpeza da casa. Até um pintor teria sido contratado para pintar o quarto do casal, mas o serviço não chegou a ser realizado. O sangue só foi descoberto nos cômodos na hora da perícia por conta de um líquido especial chamado luminol que reage ao sangue.

Agora ela vai ficar à disposição da justiça.

Rodrigo Federrizi tinha 35 anos e trabalhava na Secretaria de Segurança Pública do Paraná, no setor de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas.

Texto: Carlos do Valle / FOTO: DIVULGAÇÃO / REPRODUÇÃO/BANDA B / MARCO CHARNESKI

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