A busca da felicidade

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Desde o seu nascimento até a morte, o ser humano é movido por um profundo desejo de ser feliz. Almeja viver de modo tal que a sua vida realmente valha a pena de ser vivida. Se isso é claro e ponto pacífico na vida de cada um, não é tão claro aquilo que cada um entende por felicidade. Se perguntássemos para cem pessoas a respeito do que significa para elas ser feliz, certamente obteríamos quase cem respostas diferentes. Então ela é uma questão subjetiva, depende de cada pessoa? Eu diria que sim e não. Sim, porque cada um tem o seu jeito de ser e de pensar a vida. Não, porque existem alguns critérios que são objetivos, sobretudo para aqueles que creem em Deus.

Num mundo movido pelo desejo quase doentio do ter, do poder e do prazer, para muitos, a felicidade passa pela aquisição de bens, pelo domínio que exercem sobre os outros e pela inesgotável sede de satisfação. Se fossemos olhar aquilo que o mundo apresenta como realização pessoal, estes critérios são determinantes e o sonho da maioria das pessoas. No entanto, este modo de ser e de agir, mantém sempre uma enorme insatisfação, pois a pessoa acaba sempre querendo mais e mais. E o vazio permanece, embora que, na medida em que adquire aquilo que sonha, acaba vivendo então alguns momentos e lampejos de felicidade.

Para quem acredita em Deus e segue o evangelho de Jesus Cristo, o conceito de felicidade desemboca num jeito de ser totalmente diferente. Ela não é determinada pelas coisas, pela fama ou sucesso, pelos inúmeros momentos de prazer físico, mas sim, se expressa num amor desinteressado aos irmãos. A ótica é outra, porque na medida em que saio de mim mesmo e faço o bem ao outro, eu me realizo como ser humano. Estar voltado para o serviço, a exemplo de Jesus que disse ‘eu vim para servir e não ser servido’, é o caminho da felicidade. Parece algo sem fundamento neste mundo tão hedonista e tão materialista, mas nada poderá fazer tanto bem, como o bem partilhado com o outro.

Ninguém é feliz sozinho, esta é a grande verdade. O egoísmo, o individualismo, o fechamento em si mesmo e nas suas vontades, cria pessoas vazias e eternamente insatisfeitas. É uma espécie de saco furado, que nunca para de pé, e não importa o quanto você coloca ali dentro, nada permanece. Existe uma necessidade contínua de colocar coisas e mais coisas, mas a pessoa permanece com a sensação de vazio. Nada é capaz de preencher, porque não são as coisas externas que causam a felicidade do ser humano, mas aquilo que brota do interior e se manifesta no encontro com o outro. Ali está o grande segredo da felicidade.

No transcorrer dos anos, pude observar tantas pessoas que doaram a sua vida em prol dos mais necessitados, encontrando ali uma alegria indescritível. Outras, tendo tudo na vida, viveram um verdadeiro vazio e falta de sentido. O que realiza o ser humano é a possibilidade de fazer algo em beneficio do próximo, de modo voluntário e espontâneo. Só isso pode justificar a vida daqueles que se doam em prol da comunidade, sem receber nada em troca, materialmente falando.

Tenho na minha sala uma frase em espanhol que me acompanha há muitos anos. Ela ilumina a minha vida. Espero que possa iluminar a sua vida também. Ela diz o seguinte: ‘que ao final, quando a nossa vida chegar na hora serena do seu ocaso, nossa única bagagem sejam simplesmente as marcas de amor que sobre a terra tenhamos deixado’. Pense nisso!!!

Compartilhar
PUBLICIDADE