Aedes aegypti já fez 16 vítimas em Araucária

Agentes de saúde fazem vistorias no dia de mobilização
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Agentes de saúde fazem vistorias no dia de  mobilização
Agentes de saúde fazem vistorias no dia de
mobilização

São cada vez mais frequentes os casos de suspeita de dengue em Araucária. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta quarta-feira, 9 de março, a cidade tem 12 casos de dengue confirmados, sendo um autóctone (quando a doença é originária do próprio Município) e os demais importados. O novo informe técnico, com estatística entre os meses de agosto de 2015 até agora, também apresentou dois casos de zika vírus e dois de chikungunya, todos importados.

Diante desse número preocupante, a dificuldade que surge para os médicos e outros profissionais de saúde encarregados de atender as pessoas no hospital e postos de saúde locais, é fazer o diagnóstico corretamente. Isso porque os sintomas das três doenças são seme­lhantes (veja no quadro explicativo). O paciente com suspeita de dengue pode estar com chikungunya, zika e ainda com uma forte gripe.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Alexsandra Tomé, disse que os casos importados alertam para uma maior atenção a focos no município e também para que os cuidados por parte de quem vai viajar para outros estados sejam redobrados. “Basicamente as medidas de proteção são simples como o uso de roupas compridas para proteger o corpo, uso de repelentes devidamente registrados pela Anvisa e evitar permanecer em ambientes que não possuam telas nas portas e janelas”, orienta.

Alexsanra lembra que até o momento a cidade tem apenas um caso de dengue autóctone, mas apesar de a maioria dos casos ser de pessoas que foram contaminadas em outras cidades, a Saúde deve estar atenta e reforçar as medidas preventivas. “Todos os moradores, instituições, empresas, comércios e órgãos públicos devem se comprometer com as ações de combate aos focos do Aedes aegypti. Todo dia 9 de cada mês, por exemplo, temos um dia especial de mobilização”, comenta.

Nesta quarta-feira foi a vez dos prédios públicos, com autovistoria nas unidades de saúde e visita dos agentes de combate a endemias no prédio da Prefeitura, CSU, CAIC, Parque Cachoeira, Câmara Municipal, Complexo São Vicente, Secretaria de Obras e Secretarias de Agricultura e Cultura e Turismo, além do Cemitério Central. “Os agentes distribuíram material informativo e explicaram sobre medidas de prevenção, sintomas das doenças, entre outros assuntos ligados ao tema”, disse Alexsandra.

Disque Dengue

Todo mundo deve fazer a sua parte, seja cuidando da limpeza do seu terreno, ou denunciando quem não o faz. Para isso, Araucária conta com um serviço telefônico para esclarecer dúvidas e receber pedidos de vistoria relacionadas a suspeitas de focos de Aedes aegypti. O telefone é o 0800-643-3005.

Mas ainda mais importante do que ser um fiscalizador, é ser um agente de combate. Como? Tomando os seguintes cuidados especiais: lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha; jogar as larvas na terra ou no chão seco; para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida; em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante obter orientação com um agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.

Diferenças entre as doenças

Gripe
Transmissão: a gripe é uma doença respiratória viral aguda transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão também ocorre através do contato das mãos ou objetos contaminados por secreções respiratórias de pessoas infectadas.
Sintomas: febre alta, tosse, congestão nasal, fadiga, dor de garganta, de cabeça e musculares.
Tratamento e prevenção: a gripe é uma doença imunoprevenível. Na rede pública, a vacina é fornecida gratuitamente nas unidades básicas de saúde para os grupos de risco, durante as campanhas de vacinação. Já nas clínicas de vacinação particulares, desde 2015, já tem vacinas quadrivalentes, capazes de oferecer espectro de proteção mais amplo.

Dengue
Transmissão: o vírus da dengue é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Sintomas: febre alta com duração de 2 a 7 dias, náusea, dor no corpo e dor de cabeça, vômito, diarreia, sangramentos, erupção e coceira na pele.
Tratamento: não existem remédios contra dengue e sim para aliviar os sintomas. Recomenda-se que o paciente fique de repouso e tome bastante água.
Prevenção: em 2015, a vacina contra dengue da Sanofi Pasteur foi a primeira aprovada no mundo. O Brasil foi terceiro país a conceder o registro à vacina, depois de criteriosa análise realizada pela Anvisa. Outros países na América Latina (México e El Salvador) e na Ásia (Filipinas) também já aprovaram a vacina.

Chikungunya

Transmissão: a chikungunya é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Sintomas: febre alta repentina, dor no corpo e dor de cabeça, diarreia e manchas avermelhadas na pele. Destacam-se as fortes dores nas articulações.
Tratamento: não há. Assim como a dengue, é importante que seja feito repouso e consumo alto de líquidos.

Zika
Transmissão: a doença também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, além do Aedes albopictus e outros Aedes.
Sintomas: febre baixa, dor no corpo e dor de cabeça, diarreia, conjuntivite, acúmulo de líquido nas articulações, levando ao inchaço da região e erupção na pele.
Tratamento: essa é mais uma semelhança entre as três viroses, não há tratamento específico para a zika e sim remédios para aliviar os sintomas. Também é recomendado o consumo de água e repouso.

Texto: Maurenn Bernardo / FOTO: Divulgação / Dep. de Atenção Básica

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