Lesão atrapalha karateca local na seleção brasileira

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Lesão atrapalha karateca local na seleção brasileira
Três karatecas da cidade não tinham onde dormir no Rio de JaneiroLesão atrapalha karateca local na seleção brasileira
Com tantas dificuldades, nenhum karateca conseguiu a vaga de titular

O sonho de representar a seleção brasileira como titular estava bem perto de se tornar realidade para cinco karatecas araucarienses. Por isso, eles enfrentaram uma viagem de quase 14 horas dentro de um Celta no último final de semana e competiram no domingo, 26 de janeiro, na cidade carioca de Teresópolis. No entanto, as lutas não aconteceram como o planejado.

De acordo com o sensei João Carlin Padilha, uma das promessas da cidade era o atleta Cesar Furtuoso, que havia terminado 2013 em 2º lugar no ranking nacional. Com esse resultado, sua vaga de reserva na seleção brasileira estava garantida, mas seria necessário competir novamente para trocar essa vaga pela de titular. “O problema é que um mês antes da prova ele havia fraturado a clavícula”, conta o professor.

No último fim de semana, o atleta já se sentia bem e estava pronto para enfrentar o desafio. Só que seu corpo não correspondeu às expectativas. “Ele estava ganhando a primeira luta, mas fez um movimento brusco com o braço e fraturou novamente a clavícula, sendo obrigado a desistir”, lamenta o professor. Com isso, o atleta precisa se afastar dos tatames pelos próximos 60 dias, o que o deixará de fora de outra grande competição. “Eu queria muito lutar no Open da Holanda, em março, e até estou vendendo uma rifa para isso, mas agora vou me focar no mundial”, afirma Cesar.

Além dele, Araucária contava com o resultado positivo da atleta Anna Paula Carvalho que, segundo o sensei, era a mais preparada para representar o país. “Ela se movimentou bem e venceu todas as suas deficiências de luta. Pena que os árbitros não viram isso”.

Segundo a jovem, foi preciso lutar várias vezes no torneio, mas a decisão ficou para o confronto final. “Era uma luta contra uma atleta do Rio de Janeiro, em que a vencedora levaria a vaga de titular. A luta foi amarrada, mas, de certa forma, mantive o domínio porque a carioca apenas recuava. Só que, como nenhuma das duas pontuou no tempo normal, a decisão ficou com os árbitros, que deram a vitória para minha adversária”, lamenta.

Assim, Anna ficou como 1ª reserva da seleção e não poderá lutar no Pan-Americano deste ano. Entretanto, ela promete que fará de tudo para participar nas demais competições de 2014 para garantir vaga no Mundial da Alemanha. “Vou ficar em 1º lugar no ranking nacional”, promete a atleta, que aproveita para agradecer o apoio de toda equipe da Escola Recanto dos Baixinhos, onde trabalha. “A diretoria, os funcionários e meus alunos me ajudam muito”.

Falta de apoio
Além dos problemas durante as lutas, o professor conta que os atletas sofreram muito desgaste durante a viagem, o que é extremamente prejudicial em competições tão importantes. “Nós não contamos com nenhum patrocínio, então, quando chegamos ao Rio, três de nossos atletas não tinham nem onde dormir”, recorda.

Segundo ele, situações como essa preocupam muito o atleta e modificam seus resultados. “Nossos cinco karatecas estavam melhores que os outros, mas nenhum conseguiu a vaga de titular”, conta o professor, que também viu os araucarienses Willian, Weslei e Bruno chegarem perto do sonho, e perderem a oportunidade.

Com isso, começa uma nova luta, na qual a equipe precisará vencer as dificuldades financeiras para competir em diversos lugares do Brasil e do mundo até chegar ao 22º Campeonato Mundial Sênior de Karatê. “Espero ansioso pelo dia que verei nossos atletas viajarem com tranquilidade, sem a necessidade de pedir dinheiro nos semáforos ou quase implorarem por um lugar para passar a noite. O esporte salva vidas, mas precisa de apoio para isso”, desabafa.

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