Mamães encorajam outras mulheres a amamentarem seus filhos

Keicyane disse que amamentará o filho até quando ele quiser. Foto: divulgação
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Mamães encorajam outras mulheres a amamentarem seus filhos
Keicyane disse que amamentará o filho até quando ele quiser. Foto: divulgação

O leite materno é o melhor alimento que um bebê pode ter. É de fácil digestão e promove um melhor crescimento e desenvolvimento, além de proteger contra doenças. Dar ao bebê outro alimento, que não o leite materno, aumenta o risco de diarreia ou outras doenças. Sabendo da importância e dos benefícios desse ato, duas mamães de Araucária, que foram ouvidas pelo Jornal O Popular, encorajam outras mulheres a amamentarem seus filhos, mesmo que algumas dificuldades possam surgir no início. Elas falam ainda da importância da vacinação contra Covid 19, que pode produzir anticorpos que serão repassados ao bebê, através do leite materno.

Um delas é a dona de casa Keyciane Antunes Lacerda, que ainda está amamentando seu filho, de dois anos de idade. Ela aconselha outras mulheres a não desistirem, por mais difícil, doloroso e cansativo que seja. “Eu sofri muito no começo, mas me mantive firme, meu único objetivo era conseguir passar por aquele momento delicado e dar o melhor para meu filho, e eu consegui. Então, seu eu consegui, qualquer mãe consegue, qualquer mãe deve passar por tudo por um filho, a gente sempre faz o melhor para eles, nem que isso doa em nós. Amamentar é um momento único e especial. O vínculo que é criado durante a amamentação é mágico, é um momento da mãe e do seu bebê. Sem contar que os benefícios são muitos, é o melhor para eles”, destaca.

Entre as dificuldades que já teve que enfrentar, Keyciane também teve alguns probleminhas relacionados ao preconceito em amamentar em locais públicos. Mas isso, segundo ela, acontece mais nos dias atuais. “Quando vou amamentar em público as pessoas acabam olhando um pouco torto, mas acho que é pelo fato do meu filho já ter 2 anos e elas acharem que ele é muito grande para ainda estar mamando no peito. Não me importo, precisamos defender o ato de amamentar, principalmente porque sabemos que a OMS preconiza a amamentação da criança até, no mínimo, 2 anos de idade, e a mãe deve seguir até quando ela e o bebê decidirem que é hora de parar”, aconselha.
Em tempos de pandemia, a dona de casa também destaca a importância da vacina contra Covid 19 em gestantes e puérperas, considerando que cientistas já apontaram a existência de anticorpos no leite materno, em mulheres que já foram vacinadas. “Tomei conhecimento dessa pesquisa porque sigo a a página “Lactantes pela vacina PR”, e lá se defendia a inclusão das lactantes nos grupos prioritários, principalmente por esse motivo. Então, a vacina é muito importante porque além de nos proteger, protege nossos bebês também”, disse a mamãe.

Desmame saudável

Mamães encorajam outras mulheres a amamentarem seus filhos
Keitiane é a favor do desmame saudável e sem pressão. Foto: divulgação

A enfermeira Keitiane Ferreira também defende a importância da vacinação em gestantes e puérperas. A vacina chegou ao Brasil quando ela ainda estava grávida, mas depois que teve o bebê, foi procurar informações, porque tudo era bastante confuso na época, as gestantes não podiam se vacinar e tinha todo um mito sobre essa situação da vacina. “Procurei várias fontes para ouvir, busquei opiniões de infectologistas, de pesquisadores, porque eu queria muito me imunizar. Eu já tinha em mente que os anticorpos produzidos pela mãe eram transmitidos através do leite, então seria um fator de proteção para mim e para ele. Tomei as duas doses da Coronavac e o meu bebê está com cinco meses”, comentou a enfermeira.

Keitiane está no segundo filho, o primeiro ela amamentou até os 3 anos, mas não de forma exclusiva. “Pretendo amamentar meu segundo filho até o momento em que nós dois quisermos, porque foi assim com o primeiro. Não realizei o desmame abrupto na minha primeira experiência, pois sou contra, o desmame tem que ser saudável, então pretendo fazer com esse a mesma coisa: amamentação exclusiva até os seis meses e manter a amamentação até que nós dois estejamos preparados para esse desmame saudável. Sei que os benefícios da amamentação saudável são inúmeros, tanto na questão imunológica, quanto na questão de nutrição, então, fórmula lá em casa não entrou não”, ponderou.

A enfermeira concorda que nem sempre a amamentação é fácil, nem sempre a mulher consegue de imediato manter esse vínculo. “Para algumas mães é mais difícil, porém o mais importante é buscar ajuda, seja de um pediatra ou de uma consultoria mesmo, ou do enfermeiro, alguém que tenha conhecimento para poder ajudar. Não podemos esquecer que o aleitamento materno vai além de nutrir, envolve interação entre mãe e filho. É considerado um ato de amor, vínculo eterno, oportunidade singular para criar um laço afetivo consolidado. Além de fornecer o sustento, oferece benefícios emocionais, nutricionais, imunológicos, sociais e econômicos”, pontuou a enfermeira.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1274 – 12/08/2021

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