60% da Repar poderá ir para a iniciativa privada

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60% da Repar poderá ir para a iniciativa privada
Repar está entre as quatro refinarias que a Petrobras pretende vender

 

A transferência do controle de quatro refinarias da Petrobras, entre elas a Presidente Getúlio Vargas (Repar), para a iniciativa privada, deverá ser concluída somente no ano que vem, isso se a proposta preliminar apresentada pela estatal for aprovada na diretoria executiva e no conselho de administração. A proposta prevê parcerias em que o controle acionário e a operação de quatro refinarias (duas no Nordeste e duas no Sul) ficará com parceiros privados (60%), enquanto a Petrobras manterá 40% das unidades. As parcerias incluirão os ativos logísticos das refinarias, o que engloba 12 terminais terrestres e aquaviários.

A previsão é que as refinarias sejam oferecidas em blocos, Nordeste e Sul, e dois parceiros diferentes vão assumir o controle das unidades. No Nordeste, as unidades que podem ser privatizadas são a Refinaria Abreu e Lima e a Refinaria Landulpho Alves, que têm uma capacidade de processamento de 430 mil barris de petróleo por dia. No Sul, serão a Refinaria Presidente Getúlio Vargas e a Alberto Pasqualini, com uma capacidade de 416 mil barris por dia.

O fato é que, apesar dos indícios de que uma suposta venda estaria a caminho, a notícia divulgada no final da semana passada pegou todos de surpresa. A Secretaria Municipal de Finanças argumentou que o processo de privatização ainda é uma incógnita e à medida que o processo avança, as expectativas aumentam. Segundo a secretaria, se com a terceirização o grupo comprador mudar a operacionalidade e o sistema de faturamento no setor de refino, o Município sentirá os impactos negativos, principalmente porque 67% da arrecadação provem da Repar. Mas se por outro lado o novo grupo decidir manter o sistema operacional da refinaria, com uma nova visão e gestão de negócios, poderá ser benéfico para a cidade.

Protestos

Se para o poder executivo a notícia da privatização tem gerado apreensão, a ansiedade entre os funcionários da refinaria é ainda maior. Atualmente trabalham na Repar 800 funcionários diretos e 1,5 mil terceirizados.

De acordo o Sindipetro, a categoria se antecipou ao anúncio e vem debatendo em reuniões setoriais, as formas de ação para impedir a privatização, inclusive com indicativo de greve nacional, que será definido em assembleia no dia 4 de maio. “Estamos em campanha, com apoio dos demais sindicatos que representam a categoria. Desde sua fundação, a Petrobras é alvo da cobiça do mercado. Atravessou períodos problemáticos da história do país, e em todos esses momentos, a resistência da categoria foi fundamental para manter a Companhia como patrimônio nacional. Não vamos desistir, a hora é de lutar”, destacou o Sindipetro.

 

 

 

Foto: Everson Santos

Publicado na edição 1110 – 26/04/2018

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