A coceira da indignação

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Pelo menos três vezes por semana, eu e minha namorada temos o hábito de caminhar no entorno do campo de futebol do Parque Cachoeira. Assim como nós, outras centenas de pessoas também fazem o mesmo. A última das nossas caminhadas foi no sábado passado e sai de lá com as minhas pernas coçando. Uma coceira chata e incômoda. Culpa do mato que cresce vistoso no campo e já começa a invadir a pista destinada às caminhadas.
 
A altura do mato me incomodou mais do que a coceira. Afinal, aquele espaço é um dos poucos (pra não dizer o único) que os araucarienses podem ir pra caminhar, levar o filho pra brincar, reunir os amigos e bater uma bolinha… enfim, praticar alguma atividade de lazer. Não é aceitável que o parque esteja daquele jeito. Aliás, não é aceitável que a cidade esteja deste jeito, mas nos concentremos no caso específico do Parque.
 
Foi a coceira nas pernas que me despertou pro tamanho do matagal. Mas não foi só isso que ela fez comigo. As minhas unhas roçando às pernas irritadas fez com que eu reparasse que a iluminação do Parque também é deficitária. Muitas das luminárias no entorno do campo estão queimadas, o que afasta aqueles que visitam o espaço quando os primeiros sinais da noite começam a aparecer. E olha que o Parque Cachoeira fecha às 21h.
 
O prurido nas pernas também me fez olhar para as outras pessoas que caminhavam ou corriam por aquela pista. E reparei que muitas delas não fazem alongamento ou qualquer outro tipo de preparação antes da atividade física. Neste momento, lembrei-me de praias do litoral catarinense, que ao longo de seu calçadão trazem placas orientando as pessoas a se alongarem e coisas do gênero. Ora, uma medida simples, sem muito custo, que poderia facilmente ser implantada pelo poder público municipal. Aliás, uma cidade como Araucária poderia oferecer até caminhadas orientadas no Parque. Como, se não me engano, eram feitas algum tempo atrás.
 
A coceira ainda me trouxe uma sensação de insegurança. Reparei que não há sequer um guarda municipal, ou mesmo um agente de segurança, dentro de uma guarita qualquer, olhando pelos cidadãos pagadores de impostos que escolheram aquele Parque para caminhar. Ora, não seria pedir demais que houvesse um profissional desses dando uma patrulhada pelo local, até como medida preventiva para afastar algum mal intencionado, como tantos que existem hoje em Araucária, não interessa o lugar.
 
E, você, amigo leitor, o que a coceira da indignação desperta em você? Deixe seu depoimento. 
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