A crise do capitalismo e as afrontas às condições de vida dos trabalhadores

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Apesar de não ser algo novo, as investidas contra aqueles que, através do suor se constituem o pilar da sociedade – os trabalhadores, têm se acirrado nos últimos anos, especialmente após a ascensão de Michel Temer ao poder.

Com a ajuda da grande mídia, que é justamente onde a maioria do povo acessa informações, o governo as manipula e joga (baixo) com o sentimento do medo nas pessoas. Não faz isso à toa, visto que assim consegue alienar e convencer de acordo com o que é de seu próprio interesse. A mesma ideia, repetida inúmeras vezes em jornais, programas de auditório e outros meios, acaba se tornando algo que soa como verdade para muitos dos que, por desconhecimento ou falta de acesso, não tomam ciência da outra face da moeda. Medos inúmeros são explorados, que passam por exemplos como atentados em outros países ao medo de ficar desempregado – e assim acreditar que não se deve reclamar das más condições impostas, e sim agradecer por ter um emprego. Como se empregadores não dependessem de seus empregados.

Nos deparamos com aumento considerável do índice de famílias que despencam de nível social como da linha da pobreza, por exemplo. Com abusos do governo, que nos deixam sem dinheiro para alimentação, sem saúde adequada e portanto muitas vezes doentes – e em grande parte adoecidos por trabalhos exaustivos em jornadas abusivas, com más condições de transporte; sem garantia de educação de qualidade, sem acesso à cultura, e portanto à livros, dificultando assim o movimento de reação dessas pessoas frente às condições que estão impostas.

Assim, esgotadas, adoecidas, e muitas vezes com baixo nível de instrução dadas as dificuldades, não têm forças – às vezes, nem percepção da injustiça do sistema- para lutar contra a opressão de um governo e de uma minoria burguesa que lhes impõe essa condição. Ao mesmo tempo, basta com um clique apertar um botão e ligar o aparelho que, também controlado por essa minoria, lhe parece uma alternativa de lazer, e em muitas vezes, a única – isso se conseguir pagar a conta de luz, que aumentou imensamente no Paraná.

Do governo, ganhamos a reforma trabalhista, que comprime direitos, salários, diminui poder de compra e qualidade de vida dos trabalhadores; aprovação de leis que congelam os investimentos em educação e saúde; e ausência de reposição inflacionária em programas sociais essenciais como o bolsa família, entre outros ataques, que são parte de um projeto maquiavélico. Esse projeto cruel visa a manutenção da força e do poder às elites, possibilitando os ricos a ficarem mais ricos, e deixando os pobres cada vez mais pobres. Não nos calemos.

 

 

Publicado na edição 1114 – 24/05/2018

A crise do capitalismo e as afrontas às condições de vida dos trabalhadores

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