A fila precisa andar

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Embora a matéria que abre nossa página cinco seja uma excelente notícia para aquelas quase três mil famílias que possuem cadastros ativos na Companhia de Habitação de Araucária (Cohab), ela é também a prova cabal de como a política habitacional em nosso município sempre foi tratada de maneira desastrosa, quase criminosa.

É possível fazer tal afirmação em razão da quantidade de moradias que a Cohab está se comprometendo a fazer: quase quinhentas, das quais 94 serão erguidas no jardim Juruá e outras trezentas e poucas num residencial no jardim Esperança. Se levado a cabo esse compromisso e se apenas essas quase quinhentas moradias saírem do papel, a Cohab terá beneficiado numa pancada só mais do que o total de famílias atendidas em toda a história da companhia.

Informações da própria Cohab dão conta de que, desde que foi criado o cadastro de famílias interessadas em adquirir uma casa própria pela companhia, apenas 319 pessoas foram diretamente beneficiadas. Esta lista, prezados leitores, remonta a década de 1990. De lá para cá, a hoje Cohab já foi um setor de uma extinta Emudar, depois se transformou em Cohabitar até chegar a nomenclatura atual. O nome mudou, mas a utilidade sempre foi uma só: fazer politicagem, acomodar aliados políticos, pagando altos salários sem que essa turma desse retorno à comunidade araucariense.

Justamente por conta dessa letargia histórica é que precisamos comemorar os projetos atuais da Cohab. Finalmente ela está servindo para algo. Obviamente, essa comemoração tem que ser feita com parcimônia, já que efetivamente os tijolos ainda não foram erguidos. Torçamos para que o trabalho continue. Boa leitura.

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