A luta contra todo tipo de opressão é um dever de todos e todas!

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

O Brasil é um país extremamente racista, machista e LGBTfóbico. É um país onde os homens brancos, cis e héteros ainda são maioria nos cargos políticos e de poder. Um país onde o a população negra é assassinada pelo próprio Estado, as mulheres ainda precisam ter medo de saírem sozinhas nas ruas e LGBTs ainda são assassinados pela sua orientação sexual.

Os negros são 75,7% dos assassinados pela polícia no Brasil, de acordo com o Atlas da Violência 2020. O mesmo estudo também revela que os assassinatos entre não negros registraram uma diminuição de 12,9%. Além disso, negros são 75% da população mais pobre do país, conforme aponta pesquisa divulgada pelo Instituto Geledés.

Quanto às mulheres, as mais oprimidas são as mulheres pretas. Elas são as maiores vítimas de homicídio e de violência doméstica no país. Como são as mais pobres, também são as que mais sofrem com problemas como a falta de vagas em creches, falta de oportunidades e de emprego num mercado de trabalho racista e machista.

Sobre feminicídio entre os anos de 2007 e 2017, o Atlas da Violência 2019 revela que o feminicídio aumentou 60,5% entre as mulheres negras e 1,7% entre não negras. O que os dados revelam, portanto, é que, embora o vice-presidente Hamilton Mourão tenha afirmado que “não existe racismo no Brasil”, o racismo em nosso país é estrutural.

Jair Bolsonaro e Mourão representam a pior face das opressões. Em um de seus discursos racistas, durante uma conversa com a artista negra Preta Gil, o presidente chegou a afirmar que seus filhos jamais se envolveriam com uma mulher negra porque eles “foram bem educados”. Em outro crime de racismo, ofendeu quilombolas dizendo que “não servem nem para procriar”. Processado por declarações racistas, foi condenado a pagar R$ 50 mil reais em danos morais em 2017.

Presidente e vice são apenas uma parte do problema no Brasil. O racismo, a misoginia, o machismo e a LGBTfobia estão enraizados na sociedade brasileira e precisam ser combatidos no dia a dia. Por isso a luta contra as opressões é todo dia.

Se no caso Mariana Ferrer, em que a jovem mesmo sendo branca e tendo influência nas redes sociais não conseguiu prender o empresário André de Camargo Aranha depois de reunir diversas provas do estupro de vulnerável, como são tratadas as mulheres pretas e pobres em delegacias quando vão denunciar crimes como violência doméstica, assédio sexual e estupro?

Se lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ainda precisam ter medo de demonstrar afeto em público e sentem a necessidade de esconder sua orientação sexual quando vão a uma entrevista de emprego, como pode o presidente encorajar a LGBTfobia? É isso que Bolsonaro faz quando diz que preferia ter um filho morto do que um filho gay.

O combate ao racismo precisa ser diário para que casos como o assassinato de Beto Freitas no Carrefour nunca mais aconteçam. A guerra ao machismo e à misoginia precisa ser todo dia para que mulheres, como Mari Ferrer, nunca mais sejam desamparadas pela Justiça. A luta contra a LGBTfobia também precisa ser cotidiana enquanto o Brasil for o país que mais mata transexuais no mundo.

Basta de opressão! Basta de governo genocida!

Seguimos firmes na construção de um povo forte para combater todas as desigualdades e retrocessos!

Publicado na edição 1240 – 26/11/2020

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