A solução possível

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Há algumas semanas, O Popular publicou uma matéria acerca do acordo firmado entre a CIBRACO e posseiros que ocuparam uma área de propriedade da empresa na região do bairro Capela Velha. O imóvel, de mais de 400 mil metros quadrados, deu origem a duas ocupações clássicas de nossa cidade: Israelense e Arco Íris. A propósito, deu origem também à maior ocupação irregular urbana do estado do Paraná.

Os números dessas ocupações falam por si só. Só em torno de 1600 famílias, ou algo em torno de 5000 mil pessoas residindo ali, boa parte crianças e adolescentes. Obviamente, quando se analisa que essa posse começou com apenas 60 famílias, a pergunta inevitável é: por qual razão não houve a reintegração de posse do imóvel quando isto ainda era possível?

A resposta verdadeira para este questionamento, infelizmente, jamais saberemos. Porém, o que sabemos é que, gostando ou não, é fato que jamais ambas as áreas seriam desocupadas. Apenas para efeitos de comparação, a população do Israelense e Arco Íris chega a ser superior e de alguns municípios inteiros do Paraná.

Logo, é inegável que a composição engendrada por quem gere o poder público atualmente, com a devida concordância dos órgãos fiscalizadores, foi a melhor solução possível para o caso. E, foi por isso que, nesta edição, voltamos ao assunto, com a resposta que faltava para tentar colocar uma pedra sobre as dúvidas que ainda permea­vam o imaginário popular acerca desse acordo: sim, ao contrário do que muitas pessoas andam pensando, aquelas famílias terão sim que pagar pelos terrenos. Nada está sendo simplesmente dado! Não se está premiando quem “invade” terra.

Da mesma forma, é importante salientar que a regularização dessas áreas não deve ser entendida como um “voucher” para que outras pessoas queiram fazer o mesmo em outros imóveis desocupados existentes em Araucária. Os órgãos de fiscalização e os que detêm o poder de polícia atualmente estão muito mais atentos a isso. O próprio Poder Judiciário responde mais rápido a pedidos de reintegração de posse e coisas do gênero.

Até porque a sociedade organizada já não tolera mais quem, de um jeito ou de outro, tenta burlar o direito a propriedade de seu semelhante. Boa leitura.

Publicado na edição 1139 – 14/11/18

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