Acalmando os ânimos

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A comunicação instantânea existente nos tempos atuais pode ser um fator de crescimento social para a humanidade e certamente nunca esteve disponível em tal nível. Infelizmente, nem todos estão preparados para tamanha facilidade em receber e repassar informações e não conseguem utilizar adequadamente as ferramentas disponíveis a quase todos os cidadãos. O meio político nunca esteve em tão enorme exposição como hoje e os deslizes das pessoas públicas ocupam espaços cada vez maiores nas diversas formas de imprensa e nas redes sociais da internet. Ocorre que as ditas denúncias nem sempre são comprovadas e o estrago causado na imagem das pessoas e entidades públicas é enorme. Pior, a desesperança instala-se cada dia mais firmemente na sociedade e muitas pessoas vêem somente o lado negativo de tudo. E ainda tentam contagiar quem observa tudo com maior detalhe e cautela e sabe que a história é feita de ciclos. Precisamos avaliar cada denúncia envolvendo “primos distantes” ou “doações legais” de nossos governantes, mas sem imaginar que tais informações podem servir para afastá-los imediatamente. Muito menos pensar que a divulgação de pretensas denúncias terá o condão de conduzir o candidato que queríamos ao lugar hoje ocupado pelo vencedor das últimas eleições. A polêmica mais recente envolveu a atriz Marieta Severo e o apresentador Faustão, quando este disse que o Brasil era o país da desesperança e ela retrucou que não pensava assim. Ao contrário, a atriz destacou a inclusão social que todos temos visto nos últimos 30 anos e disse que achava normal a ocorrência de ciclos de desenvolvimento, pois o país já havia superado várias crises e que certamente superaria mais esta. É preciso que os cidadãos de bem do Brasil, que tem acesso a verdadeira informação, se posicionem em defesa da democracia. Não dá para aceitar que os que gritam mais alto é que estão falando a verdade. Democracia se faz com instituições sólidas e com um povo que não se deixa levar pela guerra de informações. Já foi dito que em tempos de guerra a primeira vítima é a verdade. Política não é guerra e precisamos aproveitar a liberdade que temos para debater ideias. Confiar na justiça e nas instituições é o passo inicial para nos tornarmos um país desenvolvido em todos os setores. Se participarmos do debate político como se estivéssemos em uma guerra todos sairão perdendo. Que eu saiba, não existe nenhum tipo de guerra em que não traga tristeza e destruição para todos os lados envolvidos. Elevar o nível do debate e tornar possível o esclarecimento do eleitor, para que este faça escolhas cada vez melhores ao votar, é o desafio que a sociedade brasileira precisa enfrentar. Tenhamos cautela com os que entram no mato e nele só enxergam lenha para alimentar o fogo.

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