Ampliar a hora-atividade é questão de saúde e pedagógica

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Os sindicatos e o governo municipal debateram a saúde dos servidores públicos em uma comissão criada para este fim. O número de afastamentos tem preocupado diretores e gestores educacionais. O Departamento de Saúde Ocupacional da Prefeitura apresentou os dados que se referem ao tipo de doenças e o volume de atestados médicos.

A proposta da comissão é levantar os dados e debater políticas para amenizar o quadro. Seria muito interessante, se não fosse o completo desinteresse em realizar tais políticas, não indo além da comissão

Para melhorar as condições de saúde é preciso reduzir os fatores de risco. Uma possibilidade é cumprir a Lei Federal 11.738/08, que reduz as horas de docência em sala de aula e amplia o tempo de hora-atividade.

A hora-atividade de 33% – e não de 20%, como é atualmente – possibilita maior tempo para o professor corrigir provas e trabalhos e preparar aulas, etc. Mas também distancia o professor do excesso de pressão provocada por turmas cada vez mais lotadas, com estudantes muitas vezes indisciplinados ou com dificuldades de aprendizagem agravadas, bem como com a crescente ampliação de exigências sociais, culturais e pedagógicas.

Na rede estadual do Paraná e em municípios como Curitiba e São José dos Pinhais já está em curso o ajuste da hora-atividade à legislação. Em Londrina, o prefeito decretou a ampliação do período de atividades extralasse para 33% da jornada a partir de janeiro de 2014.

E Araucária? Até quando vai manter este debate de faz-de-conta?
Outras medidas não são menos importante para preservar a saúde dos professores. Políticas e programas de proteção, prevenção e tratamento das doenças ocupacionais e investimento nas condições de trabalho são questões que precisam ser assumidas pelo governo municipal.

É necessário compromisso real com os servidores. Cuidar da saúde dos trabalhadores do serviço público seria uma bela homenagem a quem se dedica a servir a população de nossa cidade.

Diretoria do Sismmar
 

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