Apesar das promessas, usuário segue pagando 2 passagens para ir a Curitiba

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Promessa era a de que no início deste mês, passageiros teriam opção para ir a Curitiba pagando uma só passagem
Promessa era a de que no início deste mês, passageiros teriam opção para ir a Curitiba pagando uma só passagem

Duas semanas após ter sido anunciado pelas prefeituras de Araucária e Curitiba, o acordo que estenderia o trajeto dos linhões até os terminais da CIC, do Capão Raso e do Pinheirinho ainda não entraram em funcionamento. Com isso, os usuários que residem nos bairros da cidade se­guem tendo que pagar duas passagens para chegar a Capital. O compromisso das duas prefeituras era o de que as novas linhas entra­riam em funcionamento no início deste mês.

Entre os prejudicados com o fim da integração estão cidadãs como Lucia Krupa, que mora na região do Vila Angélica e trabalha na CIC. “Essa não integração está uma palhaçada com os usuários do transporte coletivo. Para eu chegar até o CIC tenho que ir até em Curitiba e depois voltar com outro ônibus de algum terminal de lá. E cadê aquela história do prefeito que ia ter duas linhas pra Curitiba? Moro há anos aqui e nunca vi um desrespeito tão grande assim”, desabafa.

Na semana passada, a Prefeitura de Araucária afirmou que, ao invés de implantar os linhões, estudava outra iniciativa: dividir com a Comec os custos da inte­gração entre o Município e a Capital. A condição para tanto seria a de que as telas instaladas nos terminais Central e Vila Angélica fossem retiradas e o cidadão voltasse a pagar apenas uma passagem para ir a Curitiba e outra para voltar. A proposta teria sido feita após a Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) constatar que o valor para implantação dos linhões não seria muito diferente do que o de rateio da integração com a Comec.

Essa proposta de divisão dos custos com a integração só foi feita oficialmente à Comec na quarta-feira da semana passada, 29 de abril, e ainda está sendo analisada pelo órgão, que não estipula uma data para res­ponder ao pedido.

Na sexta-feira, 1º de maio, durante a Festa do Trabalhador, o prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB), voltou a dizer que trabalha prioritariamente com a cele­bração de um novo acordo com a Comec para reestabelecer a integração. Segundo ele, isso custaria algo em torno de R$ 1 milhão por mês, sendo que caberia à Prefeitura arcar com R$ 500 mil e o Estado com outros R$ 500 mil. “Já fiz a proposta e estou cobrando uma resposta da Comec. Precisamos resolver rápido essa situação, pois só quem é usuário do transporte coletivo sabe o prejuízo que o fim da integração causou aos nossos moradores”, disse.

Fez sua parte

Em matéria veiculada em seu site, a URBS afirma que no que diz respeito aos linhões, já cumpriu sua parte no acordo e os espaços nos terminais Pinheirinho, Capão Raso e CIC para embarque e desembarque de passageiros de Araucária já estão disponíveis. “Pelo acordo, a URBS libera para estas duas linhas plataforma de embarque e desembarque no Terminal Pinheirinho e estações-tubo nos terminais Capão Raso e CIC, o que já foi feito. A operação das linhas fica inteiramente a cargo da CMTC, à qual caberá, por exemplo, a definição de horários, dimensionamento da frota, frequência dos ônibus, definição das empresas que vão operar as linhas e entendimentos com a Comec”, informaram.

Agora, enquanto a Prefeitura de Araucária e a Comec não fazem a sua parte, quem segue sofrendo é o pobre do trabalhador que precisa pegar ônibus todo dia.

Texto: Waldiclei Barboza / FOTO: EVERSON SANTOS

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