Bens naturais, arquitetônicos, históricos e artísticos, bem como os usos e costumes que fazem referência a identidade, a ação e a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira poderão ser reconhecidos como patrimônios locais e concorrer a diferentes fontes de recursos para sua preservação.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SMCT), a intenção é começar o processo de reconhecimento dos imóveis que pertencem ao município. Assim, o Museu Tingüi-Cuera, as Pontes Metálicas, O Portal Polonês, A Casa da Cultura, Memorial da Imigração Polonesa e a Aldeia da Solidariedade são alguns desses imóveis que serão tombados em breve. Imóveis particulares, como Igrejas antigas ou a Casa do Cavalo Baio, também poderão ser tombados, conforme estabelecido na mesma lei. Grupos folclóricos, receitas típicas (como a tradicional broa) e outras manifestações também podem ser reconhecidos como patrimônio imaterial e ter o seu registro realizado.
Proprietária da Casa do Cavalo Baio, Fabienne Charvet Inckot, conta que a possibilidade de o imóvel ser tombado, por meio da Política Municipal do Patrimônio Cultural, mostra que o município reconhece a construção como um patrimônio da cidade. Fabienne explica que, mesmo tombada pelo Estado em 1978, a Casa do Cavalo Baio não conseguiu recursos federais para a conservação do local porque o município não tinha uma política de proteção ao patrimônio. A implantação da Política Municipal do Patrimônio Cultural vem ao encontro do interesse da família em preservar esta construção que é referência na cidade.
fotos: carlos poly / smcs