Ataques contra os direitos dos professores se acentuam na rede estadual e nos deixam em alerta

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Nos últimos anos, acentuaram-se os ataques contra os direitos dos trabalhadores. Governos tentam de toda forma manipular as informações colocando nas costas dos servidores a culpa pelo déficit financeiro. Sabemos que esse jogo de interesses visa claramente desunir toda a classe trabalhadora, numa clara divisão de forças, para que não se organize na luta.

Com nossos colegas professores da rede estadual do Paraná não tem sido diferente. Beto Richa, sob desculpas inconcebíveis de corte de gastos, tem investido fortemente na precarização do trabalho desses profissionais, o que acaba trazendo duras consequências para a educação de nossas crianças e adolescentes.

Desde 2015 o governador impõe diversas medidas arbitrárias. Trazemos aqui uma descrição dos ataques no último ano contra os profissionais e alunos da rede estadual de ensino. O texto foi produzido pelo Coletivo Chão de Escola – Alternativa de Luta, que é composto por trabalhadores em educação da rede estadual do Paraná. Manifestamos aqui todo nosso apoio aos colegas do Estado!

“O ano de 2017 foi marcado por inúmeros retrocessos para os trabalhadores e trabalhadoras da educação. Redução na hora atividade, critérios punitivos na distribuição de aulas para os professores e professoras que tiveram licenças de que tinham direito, incluindo licença saúde. E foi além: arrocho salarial, redução de turmas, anúncio do fechamento de escolas, faltas lançadas em dias de paralisação e greves da categoria. Além disso, a face mais perversa das medidas do governo Beto Richa/PSDB foram os mais de 10 mil professores e professoras PSS (contrato temporário) desempregados!

Grande parte dessas medidas foram tomadas antes do ano letivo de 2017 iniciar. No entanto, a direção da APP-Sindicato manteve sua política recuada de atrasar a luta, defendendo o início das aulas mesmo com os professores tendo sua carga horária em sala aumentada. Isso enfraquece a resposta da categoria aos ataques.

E em 2018? Vamos permitir que esse erro se repita?

Valdir Rossoni, comparsa de Beto Richa na Casa Civil, já anunciou que além de reduzir o salário dos professores e professoras PSS, o governo pretende desempregar mais 10 mil trabalhadores temporários. Fica a pergunta: como irão reduzir ainda mais o número de educadores PSS? Fechando mais turmas e escolas? Reduzindo ainda mais a hora atividade?

Engana-se quem pensa que essas medidas atacam apenas os trabalhadores PSS! Elas vão destruir a educação pública, afetando professores, funcionários e toda a comunidade escolar com a degradação das condições de trabalho para todos e todas!

O momento exige muita organização, mobilização, debate com a comunidade. É preciso reagir, senão novamente veremos nossas condições de trabalho afundarem num poço sem fim. A disputa jurídica defendida pela APP sindicato não tem trazido resultados mínimos para se justificar o recuo quanto à greve. Os dirigentes sindicais da entidade já deixam transparecer que a política da direção continuará a mesma: medidas judiciais, discussões intermináveis com integrantes do governo sem qualquer resultado, negociações com deputados, inclusive os do camburão, que defenderam o massacre dos professores em 2015.

No dia 27/01 teremos assembleia estadual às 09h, em local a definir. Essa assembleia das trabalhadoras e trabalhadores em educação do Paraná deve dar um claro recado ao Beto Richa: ou recua com seus ataques, ou o ano letivo não começará.

Não podemos aceitar o desemprego e redução salarial dos professores PSS . Não podemos aceitar novas reduções na hora atividade. Não podemos aceitar o fechamento de turmas. Não podemos aceitar a redução do porte de escola. Não aceitamos nem esses nem qualquer outro ataque contra a categoria!

Nenhum direito a menos! Ninguém fica pra trás!

O ANO LETIVO NO ESTADO NÃO COMEÇA PARA QUE ELE NÃO ACABE CONOSCO!
COLETIVO CHÃO DE ESCOLA – ALTERNATIVA DE LUTA
OPOSIÇÃO À DIREÇÃO DA APP-SINDICATO

 

Publicado na edição 1096 – 18/01/2018

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