Cadeia ou a cova

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Nossa página policial desta edição traz a notícia de um assalto que terminou de maneira trágica. Dois jovens armados entraram em um mercadinho que, sabidamente, movimenta muito pouco dinheiro. Renderam os proprietários e saíram correndo com alguns trocados e um celular. Um homem que faz entrega de pão no local correu atrás deles e foi baleado. Morreu no local. Nisso a Guarda Municipal chegou e trocou tiros com os assaltantes, baleou um e o outro, de 17 anos, fugiu pelo mato. O criminoso baleado foi socorrido e sobreviveu. O outro preso logo em seguida.

O relato acima, infelizmente, não é uma raridade, o que chama atenção, porém, é que um dos rapazes, embora com apenas 21 anos, já seja velho conhecido das autoridades policiais. Desde muito novo sempre se meteu em encrencas.

Ainda menor de dezoito anos, foi preso algumas vezes. E solto logo em seguida. Nas redes sociais parecia não esconder um nefasto orgulho dessa vida torta. Mas deixava, sem perceber, que não era bom nisso, afinal, depois de solto voltava a fazer besteira e novamente ia preso. Agora vai ter que responder a esta situação gravíssima. Se foi ele ou não quem atirou no entregador de pães, parece fazer pouca diferença, já que ele e seu comparsa estavam armados, foram reconhecidos pelas vítimas e provocaram toda a situação.
O questionamento é de quantos jovens nessa fase da vida não devem estar em situação também parecida e prontos para explodir. Jogar a culpa na família seria algo injusto. Culpar o restante da sociedade pode ser vago demais e inútil. Uma coisa é clara. Se ele tivesse, já nos primeiros sinais de desajuste, tido o acompanhamento adequado seu futuro poderia ser bem diferente. É nestes jovens que reside o futuro de nossa sociedade. Quanto mais oportunidades de emprego, de cursos, acompanhamento profissional e psicológico mais chances de dar certo. É claro que, mesmo com tudo isso, ainda teremos um ou outro que vai, intencionalmente, se encantar com a vida louca. Mas a esses é sempre bom lembrar que terão apenas dois caminhos. Ou a cadeia ou o cemitério. Pense nisso e boa leitura.

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