Câmara aprova empréstimo, mas veta uso do dinheiro

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No segundo semestre do ano passado a Câmara de Vereadores aprovou um projeto de lei autorizando a Prefeitura a contratar uma linha de financiamento junto ao Governo do Estado no valor de até R$ 12,8 milhões. O dinheiro seria utilizado na aquisição de câmeras de segurança para escolas, Cmeis e outros prédios públicos. Na segunda-feira, 7 de março, porém, a mesma Casa de Leis vetou a inclusão desse valor no orçamento do Município. Com isso, a grana emprestada não pode ser utilizada.

A discussão do projeto de lei rendeu um bom debate na sessão da última segunda-feira. De um lado, os vereadores favoráveis a proposta argumentaram que, ao vetar a inclusão do recurso no orçamento, a Câmara estaria indicando que não se importa com a segurança da população araucariense. De outro, os edis contrários, afirmavam que, no momento, há outras prioridades a serem enfrentadas pela Prefeitura, como àquela enfrentadas na área da saúde.

Terminada a discussão, a votação pela inclusão do valor no orçamento municipal ficou empatada em cinco a cinco. Favoráveis ao projeto estiveram Alexandre Gotfrid (PT), Esmael Padilha (PSL) Francisco Cabrini (PP), Pedrinho da Gazeta (PMDB) e Paulo Horácio (SDD). Já os contrários foram Alex Nogueira (PSDB), Adriana Cocci (PTN), Josué Kersten (PT), Vanderlei Cabeleireiro (DEM) e Wilson Roberto Mota (PROS). Como estipula o regimento interno da Casa, coube ao presidente Pedro Gilmar Nogueira (PTN) desempatar a parada. E ele foi com aqueles contrários ao projeto. Para justificar seu voto, ele afirmou que visitou algumas cidades da região que teriam implantado essas câmeras de segurança e, em todas elas, o resultado não foi satisfatório. “Os municípios que instalaram essas câmeras jogaram dinheiro fora, pois os equipamentos não são bons e não ajudaram a aumentar a segurança”, afirmou.

Apesar de a Câmara ter aprovado a contratação do empréstimo no ano passado, na prática, o recurso ainda não está na conta da Prefeitura. Com isso, a grana não precisa ser paga. Ou seja, a reprovação do projeto incluindo o valor no orçamento municipal não causou qualquer tipo de prejuízo financeiro para a cidade.

À nossa reportagem, o prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB) lamentou o posicionamento dos vereadores que votaram contrários à proposta. De acordo com ele, o projeto é extremamente importante para o Município, que enfrenta problemas graves na área da segurança pública. “Talvez tenha faltado explicar melhor a questão aos vereadores, pois estamos falando de um projeto cujo principal beneficiado são as famílias araucarienses que deixam seus filhos nas escolas, pois são esses locais que receberão o equipamentos prioritariamente. Com essas câmeras teríamos condições de monitorar a movimentação dentro e no entorno das unidades e isso por si só é uma ação de prevenção á criminalidade, pois afasta o traficante que fica na frente da escola vendendo droga”, considerou.

Olizandro ressaltou ainda que, ao contratar o financiamento, o Governo do Estado ainda construiria no Município toda a estrutura da central de monitoramento dessas câmeras. “O projeto é muito amplo e por isso vamos voltar a conversar com os vereadores sobre o assunto. Araucária não pode perder essa oportunidade de avançar numa área tão sensível a todos nós, como é a segurança pública”, finalizou.
 

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