Centros esportivos estão na expectativa de um decreto mais flexível

Foto: Everson Santos
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Centros esportivos estão na expectativa de um decreto mais flexível
Foto: Everson Santos

Mesmo que o último decreto municipal, expedido em 14 de agosto de 2020, tenha mantido a suspensão das atividades coletivas em quadras esportivas da cidade, há uma grande expectativa com relação a um possível retorno. O decreto atual tem vigência até a próxima sexta-feira, dia 28, mas os donos desses espaços acreditam que o município irá seguir o exemplo de Curitiba, onde as atividades coletivas já foram liberadas, com alguns critérios. As quadras e centros esportivos de Araucária estão fechados desde março, muitos na iminência de não conseguirem mais reabrir, devido ao prejuízo acumulado durante meses, com despesas de aluguel, água, luz, e sem nenhuma receita.

No Centro Esportivo Costeira, cuja estrutura conta com um campo oficial, uma quadra sintética e uma quadra de futsal, a situação só não é desesperadora porque o desportista Tião Soczek é o proprietário do espaço, portanto, não tem despesas com aluguel. “Muitas pessoas que provavelmente viram o retorno de Curitiba ou ficaram sabendo que alguns locais estão funcionando de forma clandestina, tem ligado para marcar jogos, e nós aqui com a estrutura parada, só contabilizando os prejuízos. Precisamos voltar logo”, disse Tião.

Na Arena BFS, que fica no bairro Estação, e possui duas quadras de futsal, a situação também é complicada e a expectativa de retorno é grande. Os sócios proprietários Wilian Ramires Roncolato e Weslei Ramires Roncolato, contam que não entendem porque as quadras de Curitiba e região já estão abertas e em Araucária ainda não. “Cada dia que passa os prejuízos aumentam, não é justo que alguns já estejam abrindo, mesmo sendo proibido, e nós ainda estamos fechados. Temos que voltar, é só seguir todos os protocolos com cuidado que tudo dará certo”, comentam. Eles disseram que os donos de quadras se uniram, estão todos na mesma situação, seguindo as orientações e aguardando liberação para voltar. “Fizemos contato para nos unirmos e respeitarmos um ao outro, não achamos justo a nossa classe se dividir e agir por conta própria. De certa forma, todos temos famílias, e abrir sem liberação prejudica as demais”, observam.

Da mesma opinião compartilha Pady Felipe Galize Figuel, da Quadra do Pady, que fica no bairro Tindiquera. Ele conta que para manter a estrutura, sempre com a expectativa de um retorno breve, vem negociando o aluguel com o proprietário todos os meses. “Se não tivéssemos feito isso já teríamos fechado, porque não é fácil manter um negócio por mais de cinco meses, sem nenhuma renda entrando. Esperamos que após o dia 28 o decreto seja mais flexível e libere as quadras esportivas”, pontuou.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1227 – 27/08/2020

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