A quarta-feira, 15 de março, foi marcada por mobilizações de trabalhadores por todo o país contra a reforma da Previdência. Pelo menos meio milhão de pessoas participaram de manifestações por todo o país.
Em Curitiba, estima-se que 50 mil pessoas marcharam da Praça Santos Andrade ao Centro Cívico. Em Araucária, motoristas e cobradores e ônibus não trabalharam. Empregados da Repar atrasaram a entrada ao trabalho.
Os professores municipais pararam. A categoria promoveu debates sobre a Reforma da Previdência em grandes barracas instaladas na frente da Casa da Cultura. Os trabalhadores das demais categorias do serviço municipal realizaram ato à tarde, na frente do Cemo.
A Proposta de Emenda Constitucional 287 encaminhada ao Congresso Nacional desmonta a Previdência Social. Poucas pessoas chegarão à aposentadoria. Aqueles que conseguirem receberão valor irrisório.
Ao contrário da publicidade oficial, a Seguridade Social dá lucro. Este sistema criado na Constituição de 1988, para dar qualidade de vida ao povo brasileiro, está sendo desconstruído. É formado pela Previdência, Saúde e Assistência Social.
Levantamento feito pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) mostra que de 2011 a 2015 o saldo da Seguridade foi positivo, variando de R$ 24 bi a 82,5 bilhões ao ano.
A Previdência urbana também deu lucro, num período de crescimento do emprego formal. O déficit estourou em 2016, em decorrência do movimento de desestabilização e do golpe. O aumento do desemprego a partir de 2015 fez cair a arrecadação e a tornou deficitária em R$ 46,8 bilhões.
O déficit da Previdência rural (R$ 105 bi) é financiado pela Seguridade como política de inclusão social, para evitar o êxodo rural.
Também, desde 2000 são desviados 20% dos recursos com a Desvinculação das Receitas da União (DRU). Há também uma dívida com a Previdência estimada em R$ 426 milhões.
SISMMAR – Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária
