Não raramente O Popular aborda em seus editoriais as particularidades de se fazer jornalismo profissional numa cidade razoavelmente pequena como é Araucária. Isto porque a proximidade do arauto das notícias com os personagens não invariavelmente exige do profissional da imprensa paciência para lidar com um ou outro leitor mais emotivo.
Em nossa última edição, por exemplo, como temos feitos desde o início do período eleitoral, abordamos o resultado de uma das etapas mais importantes da sabatina legal que os candidatos precisam cumprir para se tornarem aptos a se submeter ao crivo popular, que é o prazo fatal das impugnações.
Findado este prazo tivemos, dentre as candidaturas majoritárias, apenas uma impugnada. Considerando a relevância disso, até porque trata-se de personagem outras vezes já impugnado e com registro de candidatura cassado, manchetamos a ocorrência.
A matéria estava completamente correta, trazendo todos os aspectos da situação, sendo oportunizado ao candidato em questão o direito ao contraditório, sendo explicado ao leitor causas e consequências da impugnação arguida. A retidão da matéria, porém, não evitou que simpatizantes do candidato ora impugnado vociferassem contra ela, que exercitassem com energia o direito sagrado à liberdade de expressão que lhes é garantido pela Constituição Federal. Liberdade esta, aliás, extrapolada por um ou outro ignorante da termologia usual a ser aplicada em matérias que versam sobre impugnações. Mas nada que não seja “do jogo” político praticado por aqueles que, diferentemente de O Popular, nutrem paixão por candidatura A ou B.
Dito isto, O Popular reafirma seu compromisso com o jornalismo independente. Reafirma que, dentro de sua linha editorial, jamais deixará de trazer as matérias relevantes para a coletividade araucariense. E, por fim, agradece imensamente aos seus milhares de leitores, de suas versões impressa e digital, pela audiência. Por parar para ler o que escrevemos, independentemente se ao final dessa leitura, movido por paixões e/ou outros interesses você se tornará um negacionista de fatos. Boa leitura!
Publicado na edição 1234 – 15/10/2020
