O Conselho Tutelar de Araucária aderiu ao movimento nacional e paralisou suas atividades no dia de ontem, 12 de fevereiro, como forma de protesto contra o assassinato de três conselheiros tutelares e uma mulher na noite de sexta-feira, 6 de fevereiro, em Poção, no Agreste de Pernambuco. O órgão atendeu apenas situações de emergência. Os três conselheiros pernambucanos foram mortos durante o exercício da profissão e a população local ficou revoltada com tamanha violência.
O CT de Araucária também aproveitou o momento para enviar ofício à Promotoria de Justiça, Prefeitura, Câmara de Vereadores, Secretaria de Ação Social e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente solicitando providências imediatas com relação as 10 reivindicações que constam em uma Carta Aberta.
Entre os pedidos do Conselho estão mais respeito por parte das autoridades municipais à autonomia e autoridade do Conselho Tutelar, reconhecimento dos direitos sociais já garantidos através de Lei Federal 12.696/2012 com a adequação imediata das leis municipais e pagamento retroativo à publicação da lei, investimento em estrutura para o funcionamento do CT e investimento em formação continuada para os membros do Conselho, equipe técnica e administrativa e rede de atendimento.
“Não temos segurança nenhuma para exercer nossas atividades. Antes tínhamos a presença de um guarda municipal que ficava aqui no Conselho, mas nem isso temos mais. Temos um único veículo para atender toda a cidade. Foram necessárias as mortes de alguns companheiros para que as pessoas pudessem ver que o que nós queremos é apenas ver nossos direitos sendo respeitados”, disse a conselheira Fabíola Karas.