Controladoria intervém na Central de Ambulâncias

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Controladoria intervém na Central de Ambulâncias
As 4 ambulâncias ficam a maior parte do dia no pátio e mesmo assim há 41 motoristas lotados no setorControladoria intervém na Central de Ambulâncias
Altevir: o coordenador que não é coordenador

Quatro ambulâncias. É este o número de veículos à disposição da Central de Ambulâncias da Prefeitura. Mesmo assim, o setor, que é alvo de uma série de denúncias envolvendo o pagamento de horas extras desnecessárias e – talvez – sequer realizadas, possui hoje 41 motoristas recebendo salários que superam em muito a média da categoria dentro do Município.

Trazido à tona pelo O Popular na última terça-feira, 29 de abril, o caso está agora sob a investigação da Controladoria Geral do Município (CGM), a quem caberá refazer toda a escala de trabalho dos motoristas do órgão e apurar se houve pagamentos indevidos aos lotados no setor. Para tanto, a CGM já foi até a Central de Ambulâncias e apreendeu as folhas onde estão registradas as horas extras feitas pelos funcionários e também à relação de atendimentos feitos nos quatro primeiros meses deste ano. “Iniciamos esse trabalho agora, mas acredito que já na semana que vem tenhamos novidades a respeito”, comentou o controlador geral do Município, Sidney Azarias Inácio.

Paralelamente a apuração feita pela CGM, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) também abriu sindicância para apurar o caso. Entre as irregularidades que precisarão ser investigadas está a atuação do coordenador do setor, Altevir Martins Rodrigues, o popular Altevir da Ambulância. Acontece que, embora se intitule responsável pelo departamento, oficialmente ele não é. Ele não teria aceitado a função, pois isso impediria que ele recebesse horas extras. A sindicância instaurada pela SMSA terá que descobrir agora se Altevir poderia ter autorizado as horas extras feitas pelos motoristas lotados na Central, inclusive as dele próprio, como vinha fazendo nos últimos meses.

Proteção política
Dentro da Prefeitura, o medo é o de que panos quentes sejam jogados sobre o caso, já que Altevir teria as costas quentes por razões políticas. Como se sabe, apesar de nunca ter feito uma votação expressiva nas várias eleições que disputou para vereador, ele sempre buscou se aproximar dos mandatários políticos da cidade. Atualmente, por exemplo, está filiado ao PSC, partido que em Araucária é comandado por Olizandro Junior, filho do prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB).

Boatos, inclusive, apontam que quando as notícias de que um possível esquemão de horas extras havia tomado conta da Central de Ambulâncias, setores técnicos da Prefeitura defenderam uma intervenção total no setor. A ideia, porém, teria sido deixada para um segundo momento em virtude dos contatos políticos de Altevir. O que se espera agora é que esse segundo momento chegue logo. Afinal, interesses nefastos nem de bagrinhos e nem de tubarões da política local podem ser colocados à frente do interesse público.

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