Copa das Araucárias

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E se a Copa do Mundo fosse aqui em Araucária? Está bem, eu sei que isso era impossível, mas como esse é o assunto do momento e dada à nossa incapacidade de nos concentrarmos de verdade em dois temas ao mesmo tempo, desisti de falar de assuntos sérios até domingo, quando acaba o mundial.

Fiquei a imaginar como seria um mundial realizado aqui. Imaginem só. O Emílio Gunha seria o nosso Maracanã. O Itaquerão seria no Tietê, longe de tudo. As principais seleções ficariam hospedadas no Rihad Palace Hotel. Aquelas mais modestas ficariam no Colônia e no Sokulski e as mais fracas no Saara, talvez no Meu Cantinho.

A propaganda oficial diria que a Copa em Araucária é “obra do Olizandro”. O mascote oficial não seria o Fuleco e sim a Gralha Azul. Imaginem só? E as Fan Fest? Uma seria na feirinha do Terminal Rodoviário. Outra no Parque Cachoeira e também haveria uma terceira no Bakana. O centro de mídia seria na sede da TV Araucária. O Blog do Lobão destacaria os casos de turistas sendo assaltados com vídeos exclusivos. O Popular exageraria na capa chamando o torneio em Araucária de Copa das Copas. Opa, acho que já fizeram isso…

Agora, imaginem se as seleções não fossem de países e sim de segmentos da sociedade araucariense? Com certeza, haveria a de um certo sindicato que faria como o time de Gana. Só entraria em campo se recebessem um avião de dinheiro antes. Do contrário, ameaçariam greve.

A seleção da Prefeitura seria escalada com Dr. Cláudio no gol, Orlando, Rodrigo e Fábio Alceu na zaga, Bagé e Marco Ozório nas laterais, Clodoaldo, Cirilo e Ronaldo no meio, Junior e Caetano no ataque. Caetano, aliás, seria o nosso Fred. Já no primeiro tempo, Clodoaldo brigaria com Cirilo e no segundo, ele discutiria com o restante do time. O técnico desse plantel seria Olizandro. A equipe passaria por sufocos, se classificaria para as oitavas, mas um monte de gente diria que o jogo decisivo foi levado na mão grande.

Agora, imaginem o time do Genildo. Teria ele, o Victor Cantador, o Velozo Santos, o Hissam e…, e…, e…, bem, não tem mais ninguém. E o pior, o Hissam entraria de salto alto, jogaria dez minutos e deixaria o campo, dizendo algo do tipo: “eu não preciso de vocês, vocês é que precisam de mim”.

Nessa Copa fantasiosa, Zezé também montaria um time, mas a Justiça Desportiva proibiria que a equipe disputasse o campeonato em virtude de problemas num outro torneio. A chuteira do mito também seria apreendida e iria a leilão.
A Câmara de Vereadores também se classificaria para a Copa. Chegaram unidos, mas já após o primeiro jogo, Paulo Horácio mudaria de lado. Fecharia com a equipe da Prefeitura, mas após o segundo jogo, Olizandro tentaria, sem sucesso, devolvê-lo. Com isso, ele terminaria o torneio no banco, mas crente de que era o melhor camisa dez da competição. A equipe da Câmara, por sua vez, não teria sucesso. Até ameaçaria fazer alguns bons jogos, indo pra cima dos adversários, mas no final das contas entregaria a partida. Os comentaristas diriam maldosamente que teve mala branca, mas nada ficaria provado.

Ufa, chega de bobagens! Até semana que vem, quando – quem sabe – voltaremos a falar sério. Comentários são bem vindos.

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