CPI do HMA ouve ex-secretário

Secretário fez questão de dizer que estava na CPI como convidado
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Secretário fez questão de dizer que estava na CPI como convidado
Secretário fez questão de dizer que estava na CPI como convidado

A terça-feira, 28 de outubro, foi dia de trabalho para os integrantes da CPI do Hospital Municipal de Araucária (HMA). Reunidos no plenário da Câmara, os vereadores ouviram o ex-secretário de Saúde, Haroldo Ferreira (PDT), que comandou a pasta durante a gestão do ex-prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB).

Os integrantes da CPI queriam ouvir de Haroldo como se deu a abertura do pronto socorro do HMA, isso no segundo semestre de 2012. A Pró-Saúde, que administrava o Hospital até julho passado, sempre alegou que foram os custos extras gerados pelo PS que tornaram a gestão do local deficitária, fazendo com que a organização fosse obrigada a utilizar seu fundo de reserva para cobrir a diferença entre o que era repassado pela Prefeitura e a despesa mensal do HMA.

A Pró-Saúde argumentava ainda que a manutenção do PS não estava inclusa no contrato entre a entidade e a Prefeitura. Porém, teria havido uma autorização verbal do ex-secretário para que o pronto socorro fosse aberto. A expectativa era a de que Haroldo explicasse se fez mesmo a tal “autorização verbal”, porém ele deixou o plenário da Câmara sem responder à pergunta. E, o pior, sem que nenhum edil tivesse feito tal pergunta diretamente a ele.

Com respostas genéricas e com uma eloquência que pareceu amolecer os integrantes da CPI, Haroldo afirmou que tudo o que ele fez à frente da Secretaria de Saúde e com relação ao HMA foi baseado no que preceituava o contrato, dentro das metas estabelecidas e levando-se em conta a disponibilidade financeira existente à época. Especificamente sobre o PS, ele disse apenas que “o contrato previa compromissos e responsabilidades de atendimento de urgência e emergência”.

O ex-secretário ainda fez questão, a todo tempo, de ressaltar aos integrantes da CPI que estava ali como convidado e não convocado. Em tom professoral, e sabe-se lá por qual motivo, se achou no direito de explicar aos vereadores quais os objetivos de uma CPI, ressaltando que ela precisa tem um objeto específico. Embora não fosse a razão de estar ali, Haroldo opinou sobre o modo de gestão implantado no HMA. “Nunca fui favorável à terceirização, mas quando assumimos a Prefeitura, essa forma de gestão estava posta e trabalhamos com ela”, afirmou. Ele ainda discorreu sobre as metas previstas no contrato entre o Município e a Pró-Saúde. “Algumas metas eram estratosféricas, tanto é que depois do primeiro ano de contrato, as refizemos e a partir dali registramos uma evolução no número de internamentos. Em 2008, era de 1.241 e quando entregamos, em 2012, passou para 7.817”, afirmou.

Respondidas as perguntas dos vereadores, Haroldo voltou a dizer que estava ali como convidado e que não seria submetido a nenhuma espécie de acareação com os demais convidados para falar à CPI naquela noite. Diante da declaração do ex-secretário, que não se dispôs a ficar até o final da sessão, os vereadores sequer o retrucaram, agradeceram sua presença e ele deixou o plenário.

Texto: Waldiclei Barboza / Foto: Waldiclei Barboza

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