Culpa acessória!

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Nos últimos dias, a Rodovia do Xisto voltou a ser o palco de diversos acidentes de trânsito que culminaram com vítimas fatais. Pelo menos duas pessoas tiveram suas vidas interrompidas na estrada que já está ganhando o amedrontador apelido de “rodovia da morte”.

Em que pese o apelido macabro, é fato que, quando se analisa as circunstâncias des­ses sinistros, as condições da pista e da sinalização não são os protagonistas dos acidentes. Na quase totalidade das vezes o papel principal é da imprudência dos motoristas.

Muito embora a culpa, na grande maioria das vezes, seja do motorista, isto não isenta a mantenedora da rodovia de uma culpa, digamos assim, acessória por cada vida levada, por cada automóvel destruído e por toda vez que o trânsito precisou ser interrompido. Acontece que, infelizmente, é fato que muita gente não respeita limites de velocidade e sina­lização viária e é justamente por conta disso que foi dado ao Estado o poder e o dever de normatizar e, muitas vezes, até limitar direitos individuais.

É importante ressaltar essa responsabilidade da mantenedora porque não de hoje há pedidos e mais pedidos para que sejam instaladas defensas metálicas ou de concreto no canteiro central da Rodovia do Xisto. O pedido se dá porque não raras vezes os acidentes se tornam fatais porque os veículos, ao se perderem, cruzam a pista e acertam quem trafega no sentido oposto. Ora, admitamos que o motorista do carro desgovernado fosse imprudente, mas por qual razão é prudente condutor do automóvel em pista contrária precisa ser punido por isso? É este o xis da questão.

Talvez numa realidade em que todos respeitassem as regras de trânsito, uma defensa dessas no canteiro central se tornasse um desperdício de dinheiro público, mas aqui em Araucária – considerando o histórico da Rodovia do Xisto – elas são urgentes. Pensemos nisso e boa leitura.

Publicado na edição 1137 – 01/11/18

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